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Cocaína saia de Ponta Porã e passava por Dourados antes de cruzar MS rumo a São Paulo

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A Polícia Federal divulgou na manhã desta terça-feira (18/8) em Recife (PE) – onde teve início as investigações que resultaram na Operação Além-Mar -, o ‘mapa da cocaína’ que saia de Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, com destino a São Paulo, onde era distribuída pelo Brasil e posteriormente a Europa.
Conforme as investigações, o entorpecente tinha como ponto de entrada no país a cidade de Ponta Porã, passava por Dourados, e cruzava o Estado até entrar no interior paulista.
De lá, a droga era armazenada em locais específicos antes de ser encaminhada aos portos, como o de Natal (RN) e posteriormente ao continente europeu dentro de contêineres em navios ou veleiros.
Nesta manhã, 630 policiais federais cumpriram em 13 unidades da federação, 139 mandados de busca e apreensão e 50 de prisão preventiva.
Em terras sul-mato-grossenses foram 11 e três, respectivamente, conforme a Superintendência da PF em MS.
As determinações judiciais vieram da 4ª Vara Federal – Seção Judiciária de Pernambuco, onde houve ainda a determinação do sequestro de sete aviões, cinco helicópteros, 42 caminhões e 35 imóveis, entre urbanos e rurais, todos ligados aos investigados e ao esquema criminoso, além do bloqueio judicial do valor de R$ 100 milhões.

O esquema
De acordo com a Polícia Federal, são quatro organizações criminosas autônomas que atuam juntas, numa espécie de consórcio do tráfico de entorpecentes destinados ao exterior, principalmente Europa, via portos do país.
A primeira célula do grupo fica em São Paulo (SP) e recebia a cocaína através da região de fronteira com o Paraguai. O transporte era feito através até o Estado vizinho ao MS. Lá, a distribuição era feita via atacado aos outros grupos no Brasil e continente europeu.
A segunda, estabelecida em Campinas (SP), atua como parceira da anterior. A organização recebe o entorpecente para distribuição interna e exportação para Cabo Verde e Europa.
Já na terceira, estabelecida em Recife, é integrada por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão cooptados, e provê a logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos containers de portos, principalmente em Natal (RN).
Por último, parte da organização criminosa, estabelecida na região do Braz, em São Paulo (SP), atua como banco paralelo, disponibilizando sua rede de contas bancárias, tendo como titulares empresas fantasma, de fachada ou em nome de “laranjas”, para movimentação de recursos de terceiros.
Operação
Ao longo das investigações a Polícia Federal realizou diversas prisões em flagrante e apreensões de drogas. Nesse contexto, o modo de operação dos grupos foi classificado em três fases.
Primeiro é o do armazenamento da cocaína que chegava da fronteira e posteriormente o transporte do entorpecente ao embarque marítimo para depois transportar contêineres em navios ou veleiros.
Durante as apurações do crime foram presas 12 pessoas e apreendidas mais de 11 toneladas de cocaína, no Brasil e na Europa, relacionados ao esquema criminoso.
As investigações foram iniciadas no ano de 2018.
 
 
fonte: douradosnews.

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