O tetracampeão mundial Sebastian Vettel seguirá na Fórmula 1 na próxima temporada. Nesta quinta-feira (10), ele foi confirmado como piloto da Aston Martin, nome que a Racing Point adotará de 2021 em diante. O alemão substituirá o mexicano Sergio Pérez, que anunciou na quarta-feira (9) que não permaneceria na equipe.
“É um prazer, enfim, poder compartilhar essa notícia excitante sobre o meu futuro. É uma nova aventura, por uma equipe legendária. Estou impressionado com os resultados dela neste ano e acredito que o futuro é ainda mais brilhante. A energia e o comprometimento de Lawrence [Stroll, dono da Racing Point/Aston Martin] com o esporte é inspirador e acredito que podemos construir algo bem especial juntos”, declarou Vettel, em comunicado divulgado pela escuderia.
A temporada 2020 já seria a despedida do alemão da Ferrari, após a escuderia anunciar, em março, o espanhol Carlos Sainz, hoje na McLaren, como parceiro do monegasco Charles Leclerc a partir de 2021. Vettel chegou à equipe italiana em 2015, após quatro títulos mundiais pela Red Bull, e obteve dois vice-campeonatos (2017 e 2018), batido em ambos pelo piloto inglês Lewis Hamilton, da Mercedes. Na atual edição, ele vive o pior momento na Ferrari, na 13ª posição na classificação de pilotos, com 16 pontos, tendo um sexto lugar no Grande Prêmio da Hungria como melhor colocação.
“Todos em Silverstone [cidade britânica onde fica a sede da equipe] estão empolgados com a notícia. Sebastian é um campeão reconhecido e traz uma mentalidade vencedora, que coincide com nossa ambição para o futuro como Aston Martin. É um dos melhores do mundo e não consigo pensar em um piloto melhor para nos levar a essa nova era. Ele terá um papel significativo para levar esse time ao próximo nível”, destacou no comunicado o diretor-executivo da escuderia, Otmar Szafnauer.
Saída de Pérez
Na nova casa, o tetracampeão terá como parceiro Lance Stroll- filho de Lawrence, um dos proprietários da Racing Point/Aston Martin. Vettel substituirá Sergio Pérez, que, no ano passado, havia assinado contrato para três temporadas. Apesar de o diretorSzafnauer ter dito à revista alemã AutoMotor Und Sport que o mexicano permaneceria na equipe, o próprio Pérez revelou o contrário.
Em nota nas redes sociais, o mexicano lembrou a chegada, há sete anos, quando a equipe tinha outro dono e se chamava Force India. Ele admitiu que a saída é “um pouco” dolorosa. “Apostei muito na equipe em momentos muito difíceis, mas conseguimos superar obstáculos e estou muito orgulhoso de ter salvado o trabalho de muitos de meus companheiros”, disse Pérez, fazendo referência à crise financeira vivida pela escuderia em 2018, que levou à compra pelo consórcio liderado por Lawrence Stroll.
Tengo algo que anunciarles…
¡Gracias por su apoyo todo este tiempo!I have something to announce to you…
Thank you for your support all these years!#NeverGiveUp pic.twitter.com/4qN9U6Cg1L— Sergio Pérez (@SChecoPerez) September 9, 2020
Pérez competiu em seis das oito corridas da temporada 2020, perdendo duas, no período em que contraiu o novo coronavírus (covid-19) e precisou ficar afastado das pistas. Ele é o 11º na classificação, com 41 pontos. Lance Stroll, presente nas oito provas, está em quarto, com 57 pontos. O canadense chegou em terceiro no GP da Itália, no último domingo (6). Na edição 2019, a primeira da dupla pela Racing Point, Pérez ficou em 10º, com 52 pontos, enquanto Stroll foi o 15º, com 21 pontos.
Neste domingo (13), às 10h10 (horário de Brasília), Vettel e Pérez, ainda representando as atuais equipes, terão pela frente o GP da Toscana, no circuito de Mugello, a casa da Ferrari. A prova marca o milésimo GP da história da escuderia italiana na Fórmula 1.
𝗢𝗡𝗘 𝗧𝗛𝗢𝗨𝗦𝗔𝗡𝗗 𝗚𝗥𝗔𝗡𝗗𝗦 𝗣𝗥𝗜𝗫
This weekend, we’re celebrating our 1000th race in #F1 at the picturesque Mugello Circuit ⛰
Cover Art by Patrizio Evangelisti 🎨 https://t.co/9du2jAVZuV#essereFerrari 🔴 #TuscanGP 🇮🇹 #SF1000GP 🏁 pic.twitter.com/hhdjDvzq46
— Scuderia Ferrari (@ScuderiaFerrari) September 9, 2020
Mudança de nome
A mudança de nome da Racing Point passa por Lawrence Stroll. Em janeiro, o milionário canadense comprou 16,7% das ações da Aston Martin. A fabricante, parceira da Red Bull nas últimas quatro temporadas, voltará ao grid como equipe pela primeira vez desde 1960. A escuderia competiu por duas temporadas e não somou pontos.
Fonte: Agência Brasil.
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