Maceió possui o terceiro menor Produto Interno Bruto (PIB) entre as capitais do Nordeste e o sétimo menor entre todas as capitais do país, de acordo com os dados do PIB dos Municípios 2018, divulgados nessa quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações, que fazem referência a 2018, são as mais atuais e foram elaboradas em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus.
De acordo com os dados, a capital alagoana possui o maior PIB entre os municípios do estado, chegando a R$ 22,4 bilhões, o que equivale a 50% do valor aferido em Alagoas. Com isso, o PIB per capita de Maceió é de R$ 22.126. O setor de Serviços é o principal componente do PIB de Maceió, responsável por R$ 12,3 bilhões. O segmento que menos impacta no valor aferido na capital é Agropecuária, com R$ 176,3 milhões.
Na sequência da lista dos municípios alagoanos com maior PIB aparece Arapiraca em segundo lugar, com R$ 4,4 bilhões; Marechal Deodoro em terceiro lugar, com R$ 1,9 bilhões; Coruripe em quarto lugar, com R$ 1,2 bilhões; Santana do Mundaú em quinto lugar, com R$ 1,09 bilhões; Rio Largo em sexto lugar, com R$ 1,05 bilhões e São Miguel dos Campo em sétimo, com R$ 1,04 bilhões.
Estas sete cidades completam a lista das alagoanas com PIB igual ou maior que R$ 1 bilhão. O setor de Serviços é o principal ingrediente do três maiores PIB municipais de Alagoas, e o de Agricultura é o mais forte nos quarto e quinto maiores.
Na outra ponta do ranking, Pindoba é o município de Alagoas com o menor PIB, R$ 35,3 milhões. A cidade é também a que tem a menor população de Alagoas. Logo em seguida na lista dos menores PIBs de Alagoas aparecem Mar Vermelho (R$ 36,7 mi), Palestina (R$ 37,1 mi), Olho d’Água Grande (R$ 45,7 mi) e Jacaré dos Homens (46,3 mi). Contudo, quando o quesito é análise do PIB per capita, Santana do Mundaú lidera em Alagoas e é a 73ª do Brasil. Por lá, o PIB per capita é de R$ 101,7 mil. Logo após aparece Branquinha (R$ 47,2 mil), Marechal Deodoro (R$ 37,5 mil), Feliz Deserto (R$ 26,5 mil) e Porto de Pedras (R$ 25,3 mil).
CENÁRIO NACIONAL
Em 2018, um quarto do PIB do país vinha de apenas oito municípios e o líder em participação era São Paulo (SP) responsável por 10,2% do PIB do país que, naquele ano, chegou a R$ 7,0 trilhões. Já o município com o maior PIB per capita foi Presidente Kennedy (ES), com R$ 583.171,85.
A densidade econômica do país era de R$ 824 mil por quilômetro quadrado (R$/km²). Osasco (SP) era o município com a maior densidade, gerando R$ 1,1 bilhão/km². Entre 2017 e 2018, os municípios com maior ganho de participação no PIB do país foram Maricá (RJ), Niterói (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ), cada um com acréscimo de 0,2 ponto percentual (p.p.). Os três ganhos se deveram à alta do preço do petróleo em 2018.
A atividade econômica na cidade-região de São Paulo, que reúne 92 municípios adjacentes com forte interação, gerava o equivalente a 1/4 do PIB do país. Em 49,2% dos municípios do país, a administração pública foi a principal atividade econômica em 2018. Esse predomínio ocorria em mais de 90% dos municípios do Acre, Roraima, Amapá, Piauí, Paraíba, Distrito Federal e em apenas 9,6% dos municípios do estado de São Paulo.
Segundo o IBGE, oito municípios somaram quase 25% do PIB do Brasil e 14,7% da população: São Paulo (SP) com 10,2%; Rio de Janeiro (RJ) com 5,2%; Brasília (DF) com 3,6%; Belo Horizonte (MG) com 1,3%; Curitiba (PR) com 1,2% e, com 1,1% cada, Manaus (AM), Porto Alegre (RS) e Osasco (SP).
Em 2002, apenas quatro municípios somavam quase 1/4 da economia nacional. Os 71 municípios com os maiores PIBs representavam, aproximadamente, metade do PIB total e um pouco mais de 1/3 da população do país, em 2018. Já os 1.346 municípios de menores PIBs responderam por cerca de 1,0% do PIB do país e por 3,1% da população brasileira.
A desigualdade é mais evidente quando se compara o Semiárido, a Amazônia Legal e a Cidade-Região de São Paulo. O primeiro representou, em 2018, apenas 5,2% do PIB nacional, a Amazônia Legal, 8,8% e a Cidade-Região de São Paulo 24,0%. Em 2018, 31,8% do PIB nacional vinha das capitais, a menor participação da série. São Paulo (SP) liderava, com 10,2% de participação e Rio Branco (AC) era a última da posição entre as capitais, com contribuição de 0,1% entre as capitais.
MAIORES
Os 10 municípios com os maiores PIB per capita somavam 1,5% do PIB brasileiro e 0,2% da população. Presidente Kennedy (ES), com R$ 583.171,85, tinha o maior PIB per capita, seguido de Ilhabela (SP), ambos devido à extração de petróleo. Em Selvíria (MS), na terceira posição, e Vitória do Xingu (PA), na sétima, a geração de energia hidrelétrica era o destaque.
Na quarta posição, São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) onde a extração de minério de ferro era a principal atividade. Em 2018, o PIB per capita do país chegou a R$ 33.593,82. Os municípios na quinta e décima posições, Paulínia (SP) e São Francisco do Conde (BA), respectivamente, tiveram na indústria de refino de petróleo sua principal atividade.
Já Triunfo (RS), na sexta posição, possuía indústria petroquímica. Extrema (MG) e Louveira (SP) estavam na oitava e nona posição em razão do comércio e das indústrias de transformação. Entre as capitais, Brasília (DF), com R$ 85.661,39, liderou em relação ao PIB per capita, enquanto Belém (PA) ocupou a última posição, com R$ 21.191,47. Ou seja, o PIB per capita da capital federal foi 2,55 vezes maior que o PIB per capita do Brasil (R$ 33.593,82). Já o de Belém correspondia a apenas 63% do PIB per capita nacional.
Fonte: Gazeta Web.
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