Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul gastaram R$ 8,1 milhões em recursos da cota parlamentar em 2020. Segundo dados da Transparência do Legislativo, Renato Câmara (MDB), foi o deputado que mais fez uso da verba no ano passado, com R$ 431,7 mil. Em segundo lugar, quem mais torrou recurso foi Londres Machado (PSD), com R$ 429,7 mil.
No comparativo de gastos de 2020 com 2019, no entanto, os 24 deputados estaduais economizaram 11,8%. Conforme a Transparência, no ano passado os gastos com cotas dos parlamentares totalizaram R$ 8,1 milhões contra 9,2 milhões do ano retrasado. Embora 2020 tenha sido um ano marcado pela pandemia, ainda assim parte dos deputados elevou seus gastos, mesmo com trabalhos remotos.
O destaque positivo continua sendo Marçal Filho (PSDB), de Dourados. O parlamentar já era o que menos gastou em 2019 e no ano passado reduziu os custos em 16%, de R$ 245,7 mil para R$ 205,6 mil.
Já Renato Câmara, campeão de gastos, aumentou os custos de um ano para o outro. O parlamentar, que está em seu segundo mandato na Assembleia Legislativa, teve despesas de R$ 431,7 mil contra R$ 366,6 mil em 2019. Ele gastou cerca de R$ 35,9 mil por mês, praticamente a cota máxima que um deputado estadual pode ter em um mês, que é de R$ 36,3 mil.
O custo mais alto de Renato no ano passado foi com consultoria para o mandato. Outras despesas foram serviços com o gabinete parlamentar, como serviços postais, internet, aluguel de imóvel, publicidade, combustível, entre outros.
O vice-campeão de gastos, Londres Machado, deputado em seu 12º mandato e com 50 anos de trabalhos completos esta semana na Assembleia Legislativa, elevou os gastos de R$ 394,5 mil para R$ 429,7 mil em 2020.
Na terceira posição aparece Gerson Claro (PP), novato na Assembleia e que até então ocupava a função de líder do governo Reinaldo Azambuja no Legislativo. Ele elevou as despesas com cota parlamentar de R$ 395 mil para R$ 415,4 mil.
Na sequência aparece Antônio Vaz (Republicanos). Ligado à igreja Universal, onde é pastor, ele aumentou o gasto de cota de R$ 393,9 mil para R$ 413,8 mil em 2020.
O estreante na Assembleia Legislativa, Lucas de Lima (SD) elevou os gastos de R$ 391.639,74 para R$ 394.416,89; o douradense Neno Razuk (PTB) de R$ 353.483,71 para R$ 359.506,92 e o bolsonarista Capitão Contar (PSL) elevou os gastos de R$ 258.797,03 para R$ 294.539,05.
Fonte: O Progresso.
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