Popularmente conhecido como pedra no rim, o cálculo renal é um dos problemas urológicos mais comuns e também o responsável pelas temidas cólicas renais e infecções genito-urinárias em milhares de pessoas. Utilizando tecnologia de ponta e inédita na região, o Hospital Cassems de Nova Andradina realizou, no último final de semana, quatro procedimentos cirúrgicos em pacientes que sofriam com problemas causados pelos cálculos renais.
Os procedimentos, conhecidos como ureterorrenolitotripsia flexível e ureterorrenolitotripsia rígida, ambos com laser, são indicados para o tratamento de cálculos urinários e, além de serem técnicas endoscópicas minimamente invasivas, permitem a extração de cálculos que estão localizados fora do alcance dos aparelhos tradicionais. A vantagem dessa tecnologia é que os fragmentos dos cálculos podem ser retirados por meio de pinças, quando os sedimentos são grandes demais para serem eliminados pela urina; e ainda, a capacidade de fragmentação de todos os tipos de cálculos com índice de sucesso superior a 90%.
A ureterorrenolitotripsia rígida permite a visualização e manipulação de cálculos apenas em linha reta e é utilizada nos casos em que as pedras estão localizadas próximas à bexiga. Já a ureterorrenolitotripsia flexível permite a eliminação dos cálculos localizados no interior dos rins. Além disso, a ureterorrenolitotripsia flexível admite a eliminação de múltiplos cálculos renais no mesmo procedimento cirúrgico. “Os quatro procedimentos feitos no Hospital Cassems de Nova Andradina foram um sucesso. Os pacientes ficaram internados menos de 12 horas e nos próximos dias já poderão voltar para suas atividades normais”, explica o médico urologista José Ricardo Cruz Silvino, que faz parte da equipe de cirurgia.
Para o médico urologista Gustavo Battistetti, responsável pelo acompanhamento dos pacientes, o Hospital Cassems de Nova Andradina mais uma vez inova a assistência em saúde na região. “A nossa intenção é realizar de sete a dez cirurgias de ureterorrenolitotripsia uma vez por mês, proporcionando aos pacientes um tratamento de qualidade com tecnologia de ponta”. Há cerca de um mês e meio a assistente social Caroline Castro Pereira descobriu que tinha dois cálculos renais alojados no canal de acesso à bexiga. As duas pedrinhas tinham em média um centímetro e a saída foi fazer o procedimento. “A cirurgia foi bem rápida, menos de uma hora e agora é vida normal”, conta Caroline.
A professora Ângela Aparecida Nantes Flores há anos sofre com as constantes cólicas renais. Mesmo seguindo as recomendações médicas e realizando diversos tipos de tratamento, os cálculos renais sempre a incomodavam. Na professora, o cálculo estava localizado dentro do rim. Com a ureterorrenolitotripsia flexível foi possível retirar a pedrinha e proporcionar bem estar à paciente. “As dores não eram o único resultado do cálculo. O que mais me preocupava, e também aos médicos, eram as infecções constantes que poderiam prejudicar os meus rins”, explica Ângela.
Fonte: Jornal da Nova.
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