Terça-feira, Novembro 12, 2024
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Tenente da PM filmado agredindo mulher em batalhão se torna réu com colegas

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Na tarde desta terça-feira (9), foi recebida denúncia contra o 2º tenente da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, André Luiz Leonel Andréa, além de outros 5 colegas, por agressão filmada no batalhão em Bonito. O fato aconteceu em setembro de 2020 e foi revelado em novembro, após divulgação das filmagens.

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por volta das 20 horas do dia 26 de setembro de 2020, o tenente Leonel agrediu a vítima no batalhão, ofendendo a integridade corporal da vítima, causando lesão leve. Ele ainda injuriou a vítima. Nas mesmas condições, os colegas deixaram de dar voz de prisão ao policial, “movidos pelo sentimento pessoal de corporativismo”.
Na data, cabo Osvaldo Silvério e soldado Itamar Ribeiro foram acionados para a ocorrência no restaurante, onde foram informados pela proprietária que a cliente teria feito ameaças. Eles foram até o hotel em que a mulher estava e ela então teria ofendido os militares. Algemada, ela foi levada até o batalhão e Conselho Tutelar foi acionado por dos filhos dela.
Já na unidade militar, o tenente Leonel foi informado da situação e retirou a mulher do compartimento de presos da viatura. Após colocá-la sentada em uma cadeira na recepção, o tenente disse que os filhos da vítima iriam para um abrigo, momento em que ela pediu para ligar para o marido. O PM então teria xingado a vítima, que se ofendeu e retrucou.
Foi neste momento que o militar agrediu a vítima socos, chutes e tapas. A agressão só foi cessada após a soldado intervir, segurando o tenente. No entanto, ela também foi denunciada, já que não deu voz de prisão ao militar, bem como os colegas. Mesmo sabendo dos fatos, os militares e colegas de Leonel não tomaram qualquer providência sobre o fato.
Já o soldado Rodrigo Ferreira Arévalo foi denunciado após ser chamado pelo tenente para ir até o quartel, algum tempo após a agressão. O PM questionou se ele tinha acesso às filmagens e pediu que apagasse as imagens que o incriminassem. No entanto, o militar alegou que não podia apagar. Apesar de saber do crime, ele também não comunicou o fato ao superior hierárquico.

A denúncia foi recebida pelo juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar, tornando réus os 6 policiais. André Leonel pela agressão e injúria contra a vítima e os outros 5 por saberem dos fatos, não darem voz de prisão ao policial ou mesmo comunicarem o superior dos fatos, para que fossem devidamente apurados.

Foi marcado para o dia 12 de abril a oitiva da vítima e das testemunhas..

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