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Medo de campo-grandenses faz prefeitos de MS aumentarem fiscalização e até fecharem tudo

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Prefeitos de cidades turísticas de Mato Grosso do Sul estão intensificando as restrições e até fechando o comércio e atrativos, após Campo Grande publicar, na sexta-feira (19), decreto que irá resultar no fechamento de serviços não essenciais por uma semana.
As medidas vêm sendo tomadas por medo de que a semana de feriados adiantados na Capital leve visitantes e, consequentemente, aumente o contágio pelo novo coronavírus pelo interior do Estado. Houve até gestor cogitando instalar barreiras sanitárias para impedir o acesso de visitantes.
Um dos principais destinos turísticos do Estado, Bodoquena decidiu aderir ao fecha tudo e publicou decreto na sexta. “Firmamos o decreto o ontem exatamente por causa de Campo Grande. Como fechou, as pessoas vão procurar o interior. E como aqui é destino decidimos fechar Bodoquena e todos os atrativos”, detalhou o prefeito Kazu Hori (PSDB).
A medida será válida de segunda-feira (22) até o domingo (28). Durante esses dias, funcionarão apenas os serviços essenciais ‘para que as pessoas não tenham vontade de vir’, ressaltou o prefeito. Na avaliação dele, contudo, quem mora na Capital e tem familiares irá ‘de qualquer forma’.

“Por esse motivo que estamos fechando o comércio local, para evitar que as pessoas, mesmo que venham com as famílias, não circulem”, disse o prefeito de Bodoquena.

Costa Rica

“Vi muito nas redes sociais as pessoas procurando chácara, rancho para passar esses dias”, contou o prefeito de Costa Rica, Delegado Cléverson (PP). Por conta disso, a gestão até cogitou impedir o acesso. Mas, desistiu da ideia por acreditar que não será procurada pelos campo-grandenses, uma vez que seus parques naturais estão fechados há seis meses.
“Nós até pensamos nas barreiras novamente pra impedir a entrada de turistas, mas como não tem tido procura pelos parques porque estão fechados há bastaste tempo acabamos não adotando”, detalhou. Na cidade, a fiscalização foi intensificada com Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros.
Há cerca de um mês, 30 pessoas foram contratadas para monitorar estabelecimentos comerciais. As equipes atuam verificando o cumprimento de decretos que determinam fechamento às 20h durante a semana e 16h aos finais de semana.
Para Cléverson, a situação na Capital é mais complexa em relação à disseminação da Covid-19, já o ‘estilo de vida do interior é mais fácil de controlar’.

“Vai fechar tudo e as pessoas não vão ficar em casa, vai tomar todo mundo se glomerar em algum lugar infelizmente. Não vindo pra cá. Porque se vier pra cá perde a viagem”, afirmou, sobre os parques fechados.

Bonito

Um dos principais destinos do Estado, Bonito trabalha com capacidade reduzida em 50% e teme superlotação com a ida de campo-grandenses. “Eu sou contra porque, queira ou não queira, vai polarizar o interior, os rios”, teme o prefeito Josmail Rodrigues (PSB). Ele diz esperar que a medida de antecipar feriados não se estenda por outras cidades do Estado.

“Quando eles fecham a Capital, esparramam o povo dele pro interior. E aqui nós não temos leito de UTI, o hospital nosso está cheio. Estamos controlados, com a bandeira laranja. Mas, com esse povo descendo pra cá rapidinho vai pra bandeira vermelha de novo. Então a preocupação é grande”, defendeu.

Por conta da decisão da Capital, o prefeito informou que aumentará a fiscalização. Guarda municipal e fiscais estarão nas ruas verificando o cumprimento do percentual reduzido. “Nós colocamos barreira sanitária nas duas entradas da cidade. A fiscalização vai ser aumentada”, completou.
 
 
Fonte: Mídia Max.

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