O prefeito Marquinhos Trad (PSD-MS), disse nesta quinta-feira (10.mar.22), que vai descontar a diárias dos professores que não trabalharem nesta sexta-feira (11.mar.22) em razão de greve organizada pelo Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP). Para o gestor, a greve “não se justifica”.
“Quero informar a todos, alunos, professores e pais que amanhã é um dia letivo normal, e que eventual falta, indevida e não justificada será descontada do faltante. Até porque não é justo, que as famílias e os bons profissionais sejam penalizados pelas atitudes de alguns […], poxa vida, se há divergência apenas nos termos, não se justifica prejudicar quase 109 mil crianças, não se justifica paralisar a rede municipal”, opinou o chefe do Executivo municipal.
Marquinhos disse que um acordo já foi acertado com a ACP. “É necessário sim alguns esclarecimentos. Primeiro: sempre estivemos abertos a qualquer diálogo com a ACP. Segundo: o que há de divergência é apenas na redação do termo do acordo. Aceitaram os percentuais, aceitaram os prazos”, disse Marquinhos num vídeo em sua rede social. (Veja a íntegra do vídeo AQUI).
A ACP disse que foi deliberado em assembleia do dia 04 de março que os profissionais da Rede Municipal de Ensino realizariam a paralisação geral, em período integral, nesta sexta-feira (11.mar.22), com concentração às 8h em frente a prefeitura e assembleia geral às 14h, na ACP.
“A paralisação acontece após a prefeitura de Campo Grande entregar documento ao sindicato, na noite de quarta-feira (9.mar.22), onde não atende as reivindicações da categoria quanto ao cumprimento da Lei Municipal 5.411/2014, que estabelece o Piso 20h da REME”, rebateu a ACP.
“O sindicato esclarece que a prefeitura oferece 67% de reajuste, o que foi aceito pela categoria; a prefeitura propôs escalonamento dos índices de reajuste, a categoria aceitou todos os prazos e índices propostos. A única reivindicação da categoria é que a prefeitura de a garantia jurídica de que tais correções serão aplicadas conforme estabelece a lei para a integralização do piso nacional do magistério, ao piso municipal por 20h”, argumentou.
Na prática, a ACP quer garantir que Marquinhos assine num documento formal, “não apenas na palavra”, o compromisso estabelecido com os educadores.
“O documento apresentado pela prefeitura não condiz com tais critérios de segurança jurídica. É por esse motivo que a categoria mantém a paralisação geral nesta sexta-feira”, disse a ACP.
Os docentes realizarão a paralisação como forma de pressionar a prefeitura em aceitar a proposta de reajuste da categoria e formalizar em documento oficial.




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