Qual é o lugar mais quente do mundo?
Definir qual é o lugar mais quente do mundo ainda é uma tarefa difícil, porque boa parte dos desertos mais quentes como o Saara, na África, são tão remotos que torna-se impossível estabelecer estações meteorológicas nesses locais. Felizmente, os satélites de observação da Terra alcançam essas regiões.
Por muitos anos, o Vale da Morte, na Califórnia, foi apontado como o lugar mais quente do mundo — como sugere seu nome —, e, embora seja uma região infernal, existem outros lugares que são ainda mais quentes do que ele.
Graças ao satélite MODIS da NASA, capaz de medir a radiação térmica do solo — alcançando os lugares que as estações não conseguem —, o posto de lugar mais quente da Terra passou a ser ocupado por outra paisagem, dessa vez no continente asiático, como veremos a seguir.
Localizado no sudeste do Irã, o Deserto de Lute é uma grande paisagem coberta de sal classificada como a 25ª maior extensão desértica do mundo. Em 2004, a temperatura em Lute alcançou a impressionante marca de 68 °C.
Ainda assim, essa não foi a maior temperatura registrada em Lute, pois em 2005, o deserto iraniano atingiu 70,7 °C durante o verão — permanecendo até agora como a maior temperatura já registrada no planeta.
Antes de atingir esse calor infernal, o Deserto de Lute registrou as temperaturas mais altas da Terra para cada ano de 2004 e 2007. No verão, Lute, assim como em outras regiões áridas em latitudes médias, a temperatura supera os 60 °C.
Esse calor extremo é o resultado de um conjunto de características da paisagem, como uma grande extensão arenosa seca, repleta de rochas escuras e com pouca cobertura vegetal. Todos esses fatores potencializam o aquecimento em Lute e o tornam o lugar mais quente do mundo.
Agora que o lugar mais infernal do mundo foi apresentado, vamos explorar outros pontos da Terra que atingem temperatura bem próximas as registradas no Deserto de Lute. Das planícies desérticas da Austrália às regiões montanhosas da China, confira os cinco lugares mais quentes do mundo:
Fonte: NASA Earth Observatory (1, 2, 3), Pedal Chile
Fonte: Canaltech
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