8 recursos do iPhone que fazem falta no Android
A eterna rivalidade entre Android e iOS vai além da mera disputa entre as empresas fabricantes. De um lado, os fãs do Google defendem o sistema de código aberto; do outro os applemaníacos garantem que seus iPhones são superiores.
A verdade é que ambos possuem vantagens e desvantagens, recursos considerados trunfos em um e ausentes do outro. Quem muda da Apple para a Samsung ou para a Motorola, por exemplo, costuma enfrentar alguma dificuldade para se acostumar com as diferenças. Então, cabe a pergunta: existe algum recurso do iPhone que faz falta em no Android?
Uma das maiores vantagens do iOS frente ao Android é na hora da atualização de software. Quando a Apple lança uma nova versão, os usuários recebem o update de pronto, fato que garante um sistema operacional sempre em dia e mais seguro.
No rival, as atualizações são conduzidas pela equipe de desenvolvimento do Android e liberadas primeiro para as fabricantes repassarem aos seus clientes. Como a maioria usa versões modificadas do sistema, é preciso realizar testes e garantir que os aparelhos de celular serão totalmente compatíveis com os ajustes implementados.
Em razão disso, uma atualização do Android pode levar meses, às vezes até mais de um ano, para ser totalmente entregue em alguns modelos.
O AirPlay é um dos maiores recursos que ainda faltam nos dispositivos Android. Como o protocolo é exclusivo da Apple, possivelmente somente daria para o Google desenvolver algo semelhante.
Há centenas de aplicativos de terceiros na Google Play Store que permite transmitir conteúdo de áudio e vídeo sem fio do smartphone, mas nenhuma chega próximo da facilidade integrada do sistema da Maçã. A conexão é muito fácil e roda praticamente sem nenhuma interferência.
Embora isso tenha melhorado nos últimos anos, o Android ainda vem com um monte de porcarias instaladas. Cada fabricante decide adicionar navegadores próprios, lojas de temas, utilitários diversos e mais um monte de softwares que você jamais vai utilizar. O pior é que alguns sequer podem ser excluídos e ainda tomam espaço de armazenamento dos celulares, o que é um problema em aparelhos mais modestos.
O iPhone não vem pré-carregado com um monte de aplicativos da operadora ou coisas inúteis. Ainda que a Apple tenha algumas forçações de barra, como querer que o usuário utilize o Podcasts em vez do Spotify, o iOS sai de fábrica muito mais “limpo” do que o concorrente.
Fazer videochamada é muito mais fácil no iOS do que no Android, graças ao FaceTime e sua simplicidade de funcionamento. Mesmo com os esforços do Google com o Duo, usuários do sistema ainda dependem de programas de terceiros para conseguir conversar por voz e vídeo com outras pessoas, como o Meet ou o Zoom.
Quem tem iPhone e iPad vê no FaceTime um sinônimo de videochamadas, sem a necessidade de login e senha ou burocracias desnecessárias. O serviço acessa automaticamente os contatos, câmera e telefone para ligar para seus amigos ou familiares como se fosse um telefonema comum.
O recurso de drag and drop é um trunfo do iPhone há alguns anos, mas o iOS 15 aprimorou ainda mais a funcionalidade para todo o sistema. É possível arrastar conteúdo de um aplicativo e soltá-lo em outro em vez de usar a velha ação de copiar/colar.
É claro que isso não funciona tão bem na tela pequena dos celulares, mas é perfeito para iPads com a tela dividida (Split View) e a troca rápida de programas (Slide Over). O que era uma funcionalidade dependente de um mouse nos computadores, passou a ser executada com perfeição com os dedos.
Felizmente, o Android 12L promete resolver isso, ao menos para tablets e telefones dobráveis. O jeito é aguardar para ver se o Google levará a funcionalidade para mais aparelhos no futuro.
A mais recente atualização do iOS trouxe consigo uma série de recursos voltados para proteger a privacidade e dar mais segurança para o usuário. O iCloud+ é um exemplo de serviço pago que traz esse tipo de funcionalidade.
A Retransmissão Privada (Private Relay, em inglês) funciona como uma VPN para mascarar o endereço de IP real do usuário enquanto navega no Safari. Dessa forma, você se livra de propagandas direcionadas e rastreadores de sites. Outra novidade foi o Ocultar Meu E-mail (Hide My Email, em inglês), cujo propósito é garantir um e-mail aleatório para inscrição em sites — assim dá para evitar spam ou mensagens de marketing na sua caixa de entrada.
Há vários apps de VPN de terceiros para Android, mas nenhum funciona de maneira integrada ao sistema. Já este serviço de e-mail não parece nem estar nos planos do Google.
Não é exatamente uma funcionalidade, mas um conjunto de tudo. Mexer no Android não é difícil, mas a aparência do iOS é mais amigável para o usuário novato. A começar pela tela inicial, na qual todos os apps ficam alocados e acessíveis. No sistema do Google, existe a gaveta de apps para guardar todas as aplicações e jogos, enquanto a home fica reservada apenas para os atalhos.
Essa diferença já é suficiente para deixar algumas pessoas confusas quando baixam um app da Play Store pela primeira vez e não o localizam de imediato. Menus e opções também costumam ser mais simplistas nos iPhones, o que é visto com maus olhos por usuários mais avançados do Android, porém facilitam demais a rotina de quem possui menos afinidade com tecnologia.
Essas limitações propositais do iOS também são aclamadas por quem precisa acessar arquivos do sistema, já que o modelo de exibição é menos complexo. Isso vale para fotos, documentos e até arquivos cruciais para o funcionamento, que poderiam ser apagados indevidamente ou por descuido no Android.
Os celulares Android possuem sistema de backup de dados e restauração com base no Google Drive, mas não dá para comparar com a configuração de um novo iPhone. É só fazer o login na conta do iCloud e aguardar entre 20 e 30 minutos para ter seu dispositivo completamente restaurado, como se nem tivesse trocado de aparelho.
O serviço do Google faz um bom trabalho também, mas deixa a desejar em vários aspectos, como a necessidade de reajustar as configurações ou quando não consegue restaurar o layout de tela inicial anterior. A transferência também costuma ser bastante demorada, e pode chegar a muitas horas, conforme a quantidade de apps registrados.
Embora o recurso exista em ambas as companhias, é nítida a necessidade de evolução neste aspecto pelo Android.
Fonte: Canaltech
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