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Preso por executar Marielle, ex-PM Roni Lessa é alvo da PF em Campo Grande

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Preso por executar Marielle, ex-PM Roni Lessa é alvo da PF em Campo Grande Teria ligação com tráfico internacional de armas, direto da Flórida (EUA)

O ex-policial militar Roni Lessa, suspeito de matar Marielle Franco, é um dos alvos da Operação Flórida Heat, nesta terça-feira (15.mar.22), deflagrada pela Polícia Federal (PF) em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e nos Estados Unidos. Lessa está preso no Presídio Federal de Campo Grande (MS), desde dezembro de 2020. 

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Segundo a PF, a operação Flórida Heat tem o apoio do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Nas ações desta terça, diz a PF, que cerca de 50 policiais federais, membros do GAECO/MPF e agentes americanos, cumprem 7 mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, na capital do Rio, em Campo Grande (MS) e em Miami, nos EUA, com apoio da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) da Embaixada dos Estados Unidos.

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O cumprimento dos mandados contou também com a participação da Unidade de Polícia Pacificadora – UPP Macacos – na localidade.

A PF diz que as investigações da Heat duram cerca de dois anos e desvendaram a existência de um grupo responsável pela aquisição de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA e, posteriormente, envio ao Brasil.

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A internalização do armamento, no Brasil, se dava através de rotas marítimas (contêineres) e aéreas (encomenda postal) pelos estados do Amazonas, São Paulo e Santa Catarina e tinham como destino final uma residência em Vila Isabel, no Rio de Janeiro.

“Na maioria das vezes, o material era acondicionado dentro de equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, despachados juntamente a outros itens como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados”, explicou a PF. 

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“Desta residência, as peças eram retiradas pelos integrantes da célula no Rio de Janeiro, responsável pela usinagem e montagem do armamento, com auxílio de impressoras 3D (Ghost Gunner), que posteriormente eram distribuídos para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel”, detalhou.  

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“O dinheiro para a compra do armamento era enviado do Brasil para os EUA através de doleiros. Foi identificado um brasileiro, dono de churrascarias em Boston, que recebia parte desse dinheiro e repassava para os alvos residentes nos EUA”, explicaram os investigadores.  

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Conforme revelaram as investigações, os suspeitos investiam o dinheiro adquirido com o tráfico de armas em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo. Além das medidas judiciais já citadas, foi decretado o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões. “Ao longo da investigação, foram apreendidos milhares de armas, peças, acessórios e munições de diversos calibres, tanto no Brasil, quanto nos EUA”, comentou.

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“No campo internacional, com a participação da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) da Embaixada dos Estados Unidos, as autoridades brasileiras e americanas atuaram em franca cooperação policial, otimizando resultados alcançados contra o grupo criminoso, que responderá pelos crimes de tráfico internacional de armas, organização criminosa e lavagem de capitais”, definiu.  

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O nome da operação Flórida Heat faz referência ao estado americano de onde as armas eram enviadas ao Brasil pelo grupo criminoso.

O EX-POLICIAL LESSA

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O ex-PM Roni Lessa é acusado de ser o executor da vereadora Marielle Franco e do motorista dela Anderson Gomes, juntamente com o também ex-policial Élcio de Queiroz. Eles teriam praticado o atentado em 2018. Até hoje, porém, a investigação não chegou aos mandantes do crime.  

 

Fonte: MS Notícias

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