Choque de asteroides cria nuvem de destroços capturada pela NASA

Choque de asteroides cria nuvem de destroços capturada pela NASA

Um choque entre dois asteroides em 2018 produziu uma nuvem de destroços tão grande que bloqueou temporariamente a luz da estrela HD 166191, de “apenas” 10 milhões de anos. Um novo estudo produzido pela Universidade do Arizona divulgou detalhes do impacto.

A equipe liderada por Kate Su vem observando a estrela em questão desde 2015, coletando dados sobre a formação de “planetesimais”, corpos celestes que podem ser rapidamente descritos como “sementes de planetas”. Esses objetos costumam aparecer em grandes aglomerados de poeira cósmica. A maior parte dessas informações veio pela (já aposentada) missão Spitzer, da NASA.

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“Não há substituto para um testemunho ocular”, disse George Rieke, co-autor do estudo e  também astrônomo da Universidade do Arizona. “Todos os casos relatados pela Spitzer acabaram não resolvidos, apenas com teorias e hipóteses sobre o evento em si e como a nuvem de destroços poderia se parecer”.

Usando dados de mais de 100 observações e instrumentos capazes de interpretar a frequência de luz infravermelha, em 2018, o time de pesquisadores viu que o sistema estelar ficou consideravelmente mais brilhante, ao passo que uma nuvem ficou entre os observadores e a estrela, ambos indícios de nuvem de destroços.

Usando cálculos simples, o time deduziu que a nuvem tinha formato alongado, com uma área mínima pelo menos três vezes maior que a da estrela que ela cobria. Para produzir algo tão grande, o choque deve ter sido entre asteroides do tamanho de planetas – pense no Vesta, em nosso sistema. Provavelmente um ou os dois objetos tinham 530 km de tamanho. A pancada, de início, produziu energia e calor suficientes para vaporizar parte do material desprendido, além de acionar uma reação em cadeia com outros corpos nas proximidades, efetivamente gerando a nuvem vista pelo Spitzer.

Ao longo daquele ano e também por 2019, a nuvem de destroços ficou mais translúcida, o que significa que as partes mais densas estavam se dissipando. Ao mesmo tempo, o time de pesquisadores notou um aumento no volume de objetos menores dentro do sistema estelar – provavelmente, remanescentes do choque que acabaram “escondidos” na nuvem e foram revelados após sua dispersão.

O estudo completo foi publicado no Astrophysical Journal, com apoio do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL-Caltech) da NASA.

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Fonte: Olhar Digital

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