Fla faz o mínimo, dá choque de realidade no Vasco e vai para a final do Carioca
O Vasco tem promessas e a esperança de um futuro diferente. Hoje, porém, o Flamengo lembrou aos cruz-maltinos que o presente, no Rio de Janeiro, ainda é rubro-negro. O time de Paulo Sousa voltou a vencer a equipe de São Januário, no Maracanã, pela contagem mínima, mesmo sem fazer um grande jogo, e se garantiu na decisão do Campeonato Carioca. Willian Arão marcou o gol do clássico.
Vitorioso nos dois jogos da semifinal, o Fla, agora, aguarda o adversário da decisão, que sai do encontro entre Botafogo e Fluminense, que começam a definir o outro finalista nesta segunda-feira (21).
Um Vasco com esperança
O Vasco começou o clássico muito diferente do último. Era um time mais ligado, mais intenso, e também mais disposto a jogar futebol. Figueiredo personificava o espírito da equipe: era um jogador dedicado na fase defensiva, voltando para acompanhar as descidas de Rodinei, e também se apresentava bem no ataque.
O primeiro chute do duelo foi de Raniel, em lance desviado pela zaga que Hugo Souzo tentou, mas não conseguiu, evitar a saída de bola para escanteio. Nos cruzamentos, a defesa rubro-negra levou sempre vantagem (foram três cruzamentos seguidos rechaçados pela zaga flamenguista).
Do outro lado, Paulo Sousa apostou em Pedro e Gabigol, juntos, no ataque, mas não conseguiu empurrar o adversário para trás. O jogo se concentrava do outro lado. Nenê, aos 23, quase abriu placar para o lado cruz-maltino com chute colocado de fora da área. Hugo fez grande defesa.
Só após o susto o Fla, enfim, conseguiu chegar com perigo na área adversária. Lázaro enfiou grande bola para Pedro na área, e o chute, de canhota, parou em grande defesa de Thiago Rodrigues. Na sobra, Edimar se jogou na bola e evitou o gol de Gabigol.
O jogo mudou um pouco depois da defesa de Thiago Rodrigues. O Rubro-Negro passou a conseguir ficar mais tempo com a bola no campo de ataque, com os zagueiros mais adiantados para participar da primeira fase de construção. Mais desgastado fisicamente pelo início forte, o Cruz-Maltino recuou as linhas de marcação.
O Flamengo rondou a área vascaína nos últimos 15 minutos de primeiro tempo. Gabigol teve boa chance de marcar aos 40, após cruzamento da esquerda, mas a finalização, acrobática, acabou saindo por cima do alvo. Mesmo com o time atrás, Nenê achou espaço para responder e mandou chute colocado raspando o travessão.
O choque de realidade
O segundo tempo também começou com pressão vascaína. Primeiro, Nenê arriscou chute da entrada da área e a bola saiu perto da trave. Na sequência, Edimar soltou um foguete de perna canhota e Hugo Souza espalmou para escanteio.
Com espaço para os contra-ataques, o Flamengo conseguiu um escanteio aos seis minutos e respondeu com Filipe Luís, que recebeu cruzamento de Arrascaeta e mandou bola perto do alvo. Na sequência, Juninho perdeu bola para Lázaro e, depois de receber de Gabigol na frente, Pedro acertou o canto, parando em defesa de Thiago Rodrigues.
A necessidade que os vascaínos tinham de marcar dois gols deixou o jogo ainda mais aberto no segundo tempo. O Fla foi de cruzamento em cruzamento, até que, em um deles, Lázaro recebeu na segunda trave e mandou para o meio da área, onde estava Willian Arão, que mandou para a rede.
Edimar tentou recolocar o Vasco no jogo em chute de fora da área que passou perto da trave. Gabigol, em contraponto, quase matou o jogo ao receber passe com açúcar de Arrascaeta. Thiago Rodrigues só torceu para a finalização do atacante sair.
Cada minuto que passou, porém, foi um choque de realidade para o torcedor e para o time do Vasco. Sem conseguir competir nos minutos finais, e sem esperança, só não perdeu por mais pela displicência do rival. O Fla, de Paulo Sousa, vai para a final, muito pelo abismo entre os rivais. Ainda precisa mostrar muito mais. Tem time e técnico para isso.
Fonte: Ogol
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