Governo estuda atrair empresas de semicondutores
Diante da crise no fornecimento de semicondutores, o Ministério da Economia está planejando medidas que possam estimular a produção nacional de chips, componente essencial para diversos produtos, como celulares, computadores, automóveis, aviões, entre muitos outros. Grande parte dessas peças é feita na China, que teve interrupções por conta da pandemia de coronavírus e, agora, mais um surto atinge o país, deixando as fábricas paralisadas, como a Foxconn, principal fornecedora da Apple e Samsung.
Além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia também é um aspecto negativo, o que levou a equipe econômica a colocar o assunto em pauta. Inclusive, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já cogita destinar benefícios fiscais para atrair empresas que produzam semicondutores e que tenham interesse de se instalar no Brasil.
A situação é tão urgente que um grupo de trabalho já foi formado entre governo e empresas para discutir a situação dos chips, tendo como exemplo iniciativas adotadas em outros países que destinam subsídios e até divisão dos custos de construção de fábricas, com o objetivo de estimular o setor de extrema importância para a cadeia produtiva.
Os Estados Unidos contam com iniciativas bem avaliadas, como um projeto que concedeu US$ 52 bilhões em subsídios para a produção de semicondutores, elaborado principalmente para amenizar a dependência da Ásia, continente que é responsável por 80% da demanda global.
Mesmo passo segue a União Europeia, que pretende dobrar a produção de chips até 2030. No entanto, China, Taiwan e Singapura também destinam incentivos aos empresários do segmento, mantendo a liderança mundial.
Apesar da possibilidade do governo brasileiro conceder benefícios fiscais para atrair empresas que produzam semicondutores, especialistas afirmam que há muitos desafios a serem enfrentados, principalmente no que diz respeito ao aumento da renda da população.
Afinal, o mercado consumidor ainda não é muito atrativo para companhias do segmento, o que faz muitas optarem por outros países onde a renda per capita é maior.
Enquanto isso, a fabricação de carros continua tendo sérios problemas por conta da falta desses componentes, o que levou as montadoras a deixar de produzir cerca de 350 mil unidades em 2021. A estimativa é que a situação se normalize somente em 2025.
Via: Folha
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Fonte: Olhar Digital
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