OMS critica ‘suspensões brutais’ de restrições contra a Covid-19
O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), para a Europa, Hans Kluge, criticou a ação de países que realizaram “suspensões brutais” das medidas de contenção da Covid-19. De acordo com a entidade, o momento ainda não é propício para isso, já que há um aumento sensível de casos da subvariante BA.2.
Kluge também declarou que é necessário manter um monitoramento em relação à situação epidemiológica da Covid-19 na Europa. No entanto, apesar da crítica, o diretor da OMS declarou que ainda assim é possível manter o otimismo em relação a uma saída para a pandemia no continente.
Segundo Kluge, as suspensões brutais das medidas de contenção da pandemia em países como Reino Unido, Irlanda, Grécia, Chipre, França, Itália e Alemanha são bastante prematuras. O diretor defende que esses países estão em um sensível crescimento ocasionado pela subvariante BA.2 da ômicron.
Em um panorama geral, os novos casos de Covid-19 caíram de maneira acentuada na Europa após um pico no final de janeiro. Essa queda fez com que alguns países agendassem suspensões das medidas de contenção da Covid-19 para março, justamente um período em que os casos voltaram a subir.
Nos últimos sete dias, foram registrados 5,1 milhões de novos casos de Covid-19 na região europeia da OMS, que corresponde a 53 países. Além disso, foram registradas 12.496 na região, o que aumentou o número de óbitos no continente para 1,92 milhão desde o início da pandemia da Covid-19.
De acordo com especialistas em epidemiologia da OMS, a Europa passa por uma quinta onda de novos casos de Covid-19, o que torna as suspensões das medidas de contenção muito precipitadas. “Neste momento, estou otimista, mas vigilante”, disse Kluge.
De acordo com o diretor, existem pontos positivos, como um “grande capital de imunidade”, conquistado graças aos altos índices de vacinação no continente, somados às infecções. Além disso, Kluge acredita que o fim do inverno europeu deve diminuir o número de reuniões em espaços fechados.
Via: AFP
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Fonte: Olhar Digital
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