Telescópio Espacial Spitzer registra “flor” cósmica na Nebulosa do Anel
Nesta terça-feira (22), a Nasa divulgou um impressionante registro feito pelo Telescópio Spitzer de uma delicada “flor” cósmica na Nebulosa do Anel, a mais de 2 mil anos-luz da Terra. O observatório foi aposentado em 2020, e a função de captação de imagens em luz infravermelha do universo agora fica, principalmente, a cargo do Telescópio Espacial James Webb (JWST).
Localizada na constelação de Lyra, a Nebulosa do Anel é um dos melhores exemplos de uma nuvens planetárias e um alvo recorrente dos astrônomos amadores.
Segundo a Nasa, a camada externa dessa nebulosa é formada a partir de material ejetado de uma estrela moribunda que, embora esteja em decomposição, libera uma bela exibição que se parece surpreendentemente com as delicadas pétalas de uma camélia.
Aquilo que se assemelha a um anel no centro da imagem é um cilindro espesso de gás brilhante e poeira ao redor da estrela agonizante. Como explicado pela agência, à medida que as estrelas começam a ficar sem combustível, seu núcleo se torna menor e mais quente, fervendo de suas camadas externas – e a câmera infravermelha do Spitzer detectou esse material expelido da estrela.
Imagens anteriores da Nebulosa do Anel feitas por telescópios de luz visível mostravam apenas o círculo interno brilhante de gás ao redor da estrela, e não as regiões externas, que se assemelham a pétalas.
Esse registro foi possível porque o telescópio Spitzer foi capaz de identificar a luz infravermelha das moléculas de hidrogênio que absorveram a radiação ultravioleta da estrela ou foram aquecidas por ventos poderosos da estrela. Mesmo não estando mais em operação, o observatório ainda pode nos trazer muita ciência cósmica, já que incontáveis dados por ele coletados permanecem sob análise da equipe científica que o administra na Nasa.
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Fonte: Olhar Digital
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