Google vai liberar serviço de pagamento alternativo para assinantes do Spotify
O Spotify entrou em um acordo inédito com o Google sobre um tema em discussão entre outras empresas de tecnologia: a oferta de um método de pagamento alternativo para os assinantes do serviço de streaming dentro do seu próprio aplicativo.
O anúncio oficial, divulgado nesta quarta-feira (23), informa que o Spotify vai passar a oferecer duas escolhas aos assinantes: usar o seu método de pagamento para as mensalidades ou optar pelo do Google, que funciona através da Play Store e fica com uma fatia de 30% em receita.
Até então, para evitar o pagamento da taxa, o Spotify direcionava os usuários a se inscrever nos seus planos pagos pelo site da plataforma.
“É seguro dizer que negociamos termos comerciais que atendem aos nossos padrões”, disse um porta-voz do Spotify ao Wall Street Journal. Segundo a empresa, a modalidade alternativa de cobrança deve ser disponibilizada ainda em 2022.
O sinal positivo mostra que o controle das lojas de apps sobre os serviços de terceiros pode estar com os dias contados.
Por ora, o Google ainda não divulgou como o corte de receita pode influenciar nos seus ganhos. Entretanto, a empresa declarou em seu blog oficial que o Spotify será “o primeiro de um pequeno número de desenvolvedores autorizados a participar de um programa piloto”, uma iniciativa que permitirá oferecer opções alternativas de pagamento aos usuários.
“Este é um marco significativo e o primeiro em qualquer grande loja de aplicativos – seja em dispositivos móveis, desktops ou consoles”, comentou Sameer Samat, vice-presidente de gerenciamento de produtos do Google. “Este piloto nos ajudará a aumentar nossa compreensão sobre se e como o faturamento por escolha do usuário funciona em diferentes países e para desenvolvedores de diferentes tamanhos e categorias”, acrescentou o executivo.
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A capacidade de oferecer outras opções de pagamento em aplicativos ganhou força há alguns anos em um embate do próprio Spotify e de outros desenvolvedores contra o Google e a Apple.
No lado dos apps, o argumento é que bloquear métodos alternativos de pagamento é injusto, privando os usuários de escolha, enquanto Google e Apple respondem que seus sistemas são mais seguros e cobram taxas justas pelo que é oferecido aos desenvolvedores em suas plataformas.
O desacordo ganhou a atenção dos reguladores de todo o mundo, além de levantar o debate de uma legislação direcionada às lojas de aplicativos. No ano passado, a Coreia do Sul, inclusive, promulgou uma lei exatamente para este fim.
Fonte: Wall Street Journal
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Fonte: Olhar Digital
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