Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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Neymar centroavante? Teste pode trazer solução para dois problemas de Tite

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Neymar centroavante? Teste pode trazer solução para dois problemas de Tite

Invicta, classificada para a Copa do Mundo com antecipação, com vice-liderança no ranking Fifa e entre as favoritas para a conquista mundial de forma quase unânime. A seleção brasileira de Tite é sólida e eficiente, o que não quer dizer que não tenha problemas e desafios pela frente, alguns deles evidentes. Contra o Chile, nesta quinta-feira, o Brasil volta a atuar pelas eliminatórias com um teste que pode trazer respostas para dois desafios que o técnico tem pela frente.

A “velha” novidade é Neymar no centro do ataque. Não será a primeira vez que o atacante faz essa função, nem pela seleção, nem pelos clubes em que defendeu. No Brasil, chegou a ter sequência com Mano Menezes na posição. No seu clube atual, disputou final da Liga dos Campeões “improvisado” como centroavante. Os resultados foram variados e de difícil análise, já que, ao contrário de seu companheiro de PSG Messi, nunca passou muito tempo no posto.

Tite não é exatamente um técnico conhecido por explorar novas posições para seus atletas. O técnico prefere os escalar em funções que exercem no dia a dia em seus clubes, sem tempo para treinar em profundidade novas dinâmicas nos breves períodos em que comanda os atletas na seleção. Muitos podem questionar então o motivo da escolha por Neymar como centroavante ou “falso 9”, ainda mais em um momento em que o atacante tem se mostrado pouco produtivo em gols – apenas cinco na temporada. Mas argumentos não faltam à favor.

Pontas em excesso, centroavantes em falta

Dizer que faltam ao Brasil atacantes de qualidade para jogar no centro do ataque é um exagero. Tite conta com bons números e com características bem diferentes em atletas como Gabigol, Richarlison, Gabriel Jesus, Roberto Firmino e Matheus Cunha, todos opções testadas na seleção e com sucesso na carreira por clubes. Nenhum deles, no entanto, conseguiu ser unanimidade na seleção.

O problema não é recente. Em um país que contou por duas décadas com gênios como Romário e Ronaldo, a pressão para ocupar o posto é sempre alta. Adriano, Luís Fabiano e Fred chegaram a ter bons momentos, e até Gabriel Jesus empolgou em curto período. Mas as três últimas Copas renderam críticas a qualidade do nosso ataque, e Fred e Jesus sofreram em especial com a opinião pública depois de participações nulas em 2014 e 2018.

Craque inquestionável do Brasil, Neymar já superou Romário e Ronaldo em gols na seleção. Embora tenha brilhado na carreira como um ponta que gosta tanto de definir jogadas como as criar, o atacante do PSG se sente bem na área, com número de gols ao longo da carreira superior a todos os concorrentes ao posto de centroavante. O porte para aguentar a pressão, a experiência e talento goleador são argumentos que Tite pode usar para defender sua opção.

Tite poderia ver solucionado outro problema com Neymar pelo centro: o encaixe de outros atacantes em grande fase. Vinícius Júnior é um dos destaques brasileiros na temporada na Europa, e protagonista no Real Madrid com sua parceria de sucesso com Benzema. Vini atua na mesma faixa de campo de Neymar, e com estilo semelhante, sempre buscando o drible e a área. Sem a mesma experiência do craque do PSG, e sem a mesma eficácia de frente para o gol, seria arriscado adaptar o ex-Flamengo em outra função.

No lado direito, Raphinha, do Leeds, deu boas respostas quando testado e hoje é um dos atletas brasileiros mais cobiçados no mercado, com o Barcelona entre os interessados. Antony também atua pelo setor, e faz sua melhor temporada na carreira até aqui, com 22 anos, com destaque pelo Ajax. Há ainda Rodrygo, que cresce no Real, Philippe Coutinho e Richarlison, que podem também atuar pelas pontas com características diferentes.

Neymar como centroavante ou “falso 9” traria duas soluções para Tite. Talvez até uma terceira, para a própria sequência da carreira do atacante, que parece desgastado e infeliz no PSG, além de começar a ter de lidar com a decadência física gradual e natural depois dos 30. Como centroavante, Neymar poderia poupar seus esforços para os momentos decisivos. Resta saber se terá a paciência e inteligência tática para cumprir a função, além, claro, de motivação. Sem ousadia e alegria, o futebol do agora trintão Neymar não é o mesmo.

Fonte: Ogol

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