Consciente da perda de espaço na seleção, Everton mantém esperança por vaga no Catar
A passagem da seleção brasileira já está garantida para o Catar, e parece sobrar pouco espaço na lista que acompanhará Tite até lá. O setor mais disputado, sem dúvidas, é o ataque, mais especificamente entre os jogadores que atuam pelo lado do campo. Everton ‘Cebolinha’ já foi unanimidade por ali, mas hoje encontra-se atrás numa fila recheada de atletas em ascensão.
Depois de ser protagonista no título da Copa América de 2019 e titular na de 2021, perdida em pleno Maracanã, para a Argentina, Everton começou a perder espaço na seleção. Figura frequente entre os selecionados de 2018 até o primeiro semestre do ano passado, Everton não está hoje na mesma posição. Não seria exagero dizer que o atacante do Benfica está atrás de nomes que ganharam a oportunidade e encaixaram logo de cara, como Raphinha e Antony, ou de Vnicius Júnior, que agora parece engrenar.
“Sei que perdi um pouco de espaço, mas fazendo um bom trabalho no Benfica posso voltar à seleção. Sei da qualidade dos jogadores da seleção. É uma qualidade de nível mundial e tento trabalhar para voltar à seleção. Pelo que conheço do meu treinador, que é uma pessoa que olha para todos, tenho a certeza que estou sendo visto e eu tento fazer o meu melhor para voltar”, declarou Everton em entrevista ao Zerozero, parceiro português de oGol.
Na entrevista, Cebolinha explicou que, logo após a primeira convocação que não foi incluído, recebeu uma ligação do staff da seleção brasileira. A mensagem foi clara: seguir trabalhando, pensando em um eventual retorno.
“É algo opcional, há jogadores de extrema qualidade e eu entendo que mereçam ser convocados. Sei que se continuar a trabalhar, todos estão a ser vistos e todos vão ter a sua oportunidade”, explicou.
A perda de espaço de Everton na seleção brasileira é mais explicada pelo momento que ele viveu em Portugal do que pelo que foi executado a serviço de Tite. Depois de oito anos no Grêmio, o atacante admitiu ter demorado a engrenar no futebol português, onde apesar de jogar com grande regularidade, alternou vários momentos entre a titularidade e a reserva.
“O futebol sul-americano é mais duro, a Libertadores é uma competição muito firme, como costumamos dizer. Aqui, a parte tática é muito evoluída, do primeiro ao último classificado. Taticamente as equipes estão muito evoluídas e isso dificulta o trabalho dos atacantes. Temos de procurar espaços que no Brasil estava mais acostumado (a encontrar). É um futebol mais aberto. No Estádio da Luz, muitas equipes vêm para dificultar o nosso trabalho, mas estamos preparados para isso”, afirmou.
O duro início de carreira
“Se eu dissesse que já imaginava viver tudo o que vivi até agora na minha carreira estaria a mentir. Sempre sonhei, ao meu jeito, conquistar coisas grandes, mas parecia improvável, de onde eu vinha, chegar tão longe”, disse Everton.
Natural de Fortaleza, o atacante começou a carreira pelo Leão do Pici, apesar de muitos o associarem diretamente ao Grêmio. Para Everton, a improbabilidade mencionada, de chegar até a seleção brasileira, Portugal, e acumular tantas conquistas pelo Tricolor Gaúcho é baseada na dificuldade que encontrava para receber oportunidades.
“Era um desejo meu jogar pelo meu clube de coração, que era o Fortaleza. Acabei por jogar por eles na base, mas não tínhamos muitas competições que fossem vistas. Até que me destaquei numa e fui para o Grêmio logo a seguir. Depois, degrau a degrau, fui conquistando coisas na minha carreira”, finalizou.
Nome
Data de Nascimento
(26 anos)
Nacionalidade
Posição
(56)
Fonte: Ogol
Comentários