A importância de Oyama e Patrick de Paula no ‘Novo Botafogo’ de Luís Castro
Uma nova era começa em General Severiano, e Luís Castro foi o nome escolhido para conduzir o Botafogo a objetivos muito maiores do que o clube vinha buscando nos últimos anos. Nesse cenário, a nova diretoria foi ao mercado em busca de reforços, e o maior investimento, até o momento, foi feito em volantes. Luís Castro, e sua filosofia de jogo, têm tudo que ver com isso. O tema merce que nos debrucemos um pouco mais sobre ele, com profundidade o suficiente para alcançarmos uma contextualização adequada e um entendimento perspicaz.
O Alvinegro desembolsou cerca de R$ 35 milhões nos novos reforços, sendo R$ 33 milhões apenas em Patrick de Paula, a contratação mais cara da história do clube. O alvo investimento teve o aval de Castro, que terá nos dois nomes duas peças decisivas para sua equipe.
Na escola portuguesa de futebol, a figura do camisa 6 (lembrando que, diferente do Brasil, na Europa o 6 é dado ao volante cerebral do time, e não ao lateral) é tratada com protagonismo, desempenhando sempre funções viscerais para a evolução tática da equipe. Castro explica melhor, em entrevista que deu ao podcast The Pitch Invaders.
“Ele (o 6) é o farol da equipe, porque quando a equipe está perdida, em apuros, tem de o procurar ele para resolver e encaminhar o jogo. A equipe tem um coração, e o coração são os jogadores que estão no meio. São os jogadores que decidem o caminho que se dá a bola”, contextualizou.
Evoluindo para os conceitos táticos aplicados por Castro, a figura do 6, do volante, tem o citado protagonismo, mas também com o auxílio do primeiro volante: ambos têm de ter um componente técnico evoluído para a evolução da dinâmica de saída sustentada e jogo apoiado propostos por Castro em suas equipes.
Os conteitos táticos de Castro e a importância dos volantes
Olhando com mais profundidade às equipes de Castro, é possível notar que, independente se elas se dispõem em 4-2-3-1 (esquema prioritário do técnico), em 4-3-3 ou 3-4-3, alguns comportamentos são padronizados. Em um contexto em que o rival marca com blocos altos, pressionando a saída de bola, para a saída sustentada ser eficiente, é necessária uma grande superioridade numérica na primeira fase de construção. Portanto mais jogadores se aproximam dos zagueiros e laterais na saída (às vezes 4+2), com o papel dos volantes sendo decisivo na movimentação para dar opções de passe, atrair a marcação e, também, para dar velocidade ao jogo.
Em um cenário em que o adversário dá mais liberdade para a construção em primeira fase, a escolha é pela saída a 3 + 2, que pode ser feita com um lateral junto aos zagueiros e a aproximação dos volantes, ou a aproximação de um dos volantes junto aos zagueiros e o recuo de outro meia.
Na sequência, em jogo apoiado, o time se organiza com dois jogadores abertos (lateral e/ou pontas), dois jogadores nas entrelinhas no corredor central (meias e/ou ponta) e um atacante centralizado. Para a bola chegar com qualidade na frente, portanto, a presença dos volantes na primeira fase de construção é decisiva, cabendo a eles o sucesso, ou o fracasso, da progressão das jogadas. Como diz Castro, são esses volantes que dão a bola um rumo, e que fazem o time evoluir.
Melhor do que toda a explicação ao longo do texto, por mais simplista e objetiva que tente ser, é o resumo de Castro sobre a importância dos volantes para suas equipes: “São os faróis do time”. Serão eles, portanto, a base do sucesso projetado nesse “novo Botafogo”.
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Nome
Data de Nascimento
(22 anos)
Nacionalidade
Posição
(6)
Fonte: Ogol
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