Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Alopecia: medicamento para artrite pode reduzir impacto da doença, diz estudo

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Alopecia: medicamento para artrite pode reduzir impacto da doença, diz estudo

Alopecia entrou em pauta nesta semana após o Oscar e a piada de Chris Rock com a doença de Jada Pinkett Smith, esposa de Will Smith, que acabou causando um atrito entre o ator e o apresentador da competição. A boa notícia agora é que um medicamento desenvolvido originalmente para artrite demonstrou ter resultados positivos contra a doença que causa queda de cabelo.

Como explicado em detalhes nesse artigo do Olhar Digital, a alopecia causa queda de cabelo e pode ser provocada por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas e existem dois tipos diferentes: a alopecia areata e a alopecia androgenética.

No caso de Jada, ela está enfrentando o primeiro tipo, causado por uma doença autoimune. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 2% da população mundial sofre com essa condição. No caso de mulheres, a perda dos fios ocorre na região central da cabeça.

O segundo tipo de alopecia é uma forma de queda de cabelo geneticamente determinada. “A doença se desenvolve desde a adolescência, quando o estímulo hormonal aparece e faz com que, em cada ciclo do cabelo, os fios venham progressivamente mais finos”, descreveu a Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A droga baricitinib demonstrou eficácia em reduzir a queda de cabelos causada pela alopecia. Isso por conta de a doença, apesar de parecer completamente diferente, funciona de forma razoavelmente semelhante com a artrite reumatóide, com ambas sendo autoimunes, com o corpo atacando células saudáveis.

O estudo da Universidade de Yale analisou 1.200 pacientes com a doença capilar, eles foram separados em três grupos distintos: um recebeu 4 mg de baricitinib, outro tomou 2 mg da droga e um último tomou placebo. O grupo que administrou a maior quantidade do medicamento foi o que teve os melhores resultados.

No total o tratamento durou 36 semanas. Para quantificar os resultados, os cientistas classificaram o grau de perda de cabelo dos participantes em uma escala que vai de 0, ou seja, sem queda nenhuma, até 100, com queda total. Todos os voluntários começaram a pesquisa com no mínimo 50.

O grupo que tomou 4 mg terminou a pesquisa com 35% dos participantes recebendo uma nota 20 ou menos. O grupo de 2 mg teve 20% dos participantes com esse nível de classificação. Considerando que os pacientes possuem alopecia severa, a nota 20 é considerada no estudo um resultado bastante eficiente.

Basicamente o medicamento reduz o funcionamento de uma proteína conhecida como JAKs, que atuam também no sistema imune. O tratamento permite que o cabelo volte a crescer reduzindo a resposta imunológica que afeta as células saudáveis.

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Fonte: Olhar Digital

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