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Estudo médico: transição para carros elétricos nos EUA salvaria 110 mil vidas até 2050

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Estudo médico: transição para carros elétricos nos EUA salvaria 110 mil vidas até 2050

Um relatório da Associação Americana do Pulmão (ALA, na sigla em inglês) indica que uma rápida transição para veículos elétricos salvaria, até 2050, mais de 110 mil vidas nos Estados Unidos, além de economizar cerca de US$ 1,2 trilhão (R$ 5,7 trilhões) em custos de saúde pública.

Intitulado “Zeroing in on an Healthy Air”, o estudo afirma que a poluição causada pela dependência de combustíveis fósseis é uma grande ameaça à saúde da população americana. Quatro de dez pessoas no país — portanto, mais de 135 mil —, segundo o relatório, vivem em comunidades impactadas por níveis insalubres de poluição no ar. O resultado disso é o aumento de ataques asmáticos e cardíacos, derrames cerebrais e mortes prematuras, além de uma alta na incidência de câncer de pulmão.

Diante de tal cenário, o relatório conclui que, se 100% dos carros vendidos até 2035 forem elétricos, além de 100% da frota de caminhões médios e pesados até 2040, os Estados Unidos evitariam 110 mil mortes, 2,8 milhões de ataques de asma e 13,4 milhões de dias de trabalho perdidos para doenças relativas à poluição.

A transição para os elétricos provocaria ainda uma queda de 92% na emissão de gases-estufa, gerando em torno de US$ 1,7 trilhão (R$ 8 trilhões) em benefícios climáticos. Entre eles, a proteção de ecossistemas e a prevenção contra eventos meteorológicos catastróficos como secas e inundações.

“Eliminar as emissões dos setores de transporte público e geração de eletricidade deveria ser uma prioridade nacional”, diz o presidente da ALA, Harold Wimmer, no relatório. “A transição nacional para veículos elétricos é urgentemente necessária para melhorar a saúde pulmonar e promover a equidade na saúde.”

O estudo afirma que, nesse movimento, os bairros de baixa renda e as comunidades negras e latinas nos EUA colheriam os maiores benefícios. Atualmente, de acordo com o estudo, essas populações são as que mais sofrem com a poluição do ar e os desastres climáticos.

Na vida real, no entanto, o cenário descrito pelo estudo é improvável. Recentemente, o projeto Build Back Better (BBB), idealizado pelo presidente democrata Joe Biden, foi vetado inicialmente no Senado. A proposta previa, entre outros programas sociais e ambientais, gastos de US$ 555 bilhões (R$ 2,7 bilhões) para investimentos em transição para energia limpa, como a adoção dos carros elétricos.

Nesse sentido, a ALA detalha os amplos benefícios à saúde que poderiam ser alcançados caso os líderes políticos priorizassem a ação climática em contraponto aos lucros corporativos.

“O atual aumento dos preços da gasolina e da energia é um sintoma de nosso vício em combustíveis fósseis”, explica Will Barrett, autor do relatório. “Mas fora a dor econômica, há uma dor significativa na saúde pública causada por esse vício. Transitar para tecnologias e energias de emissão zero depende de uma forte liderança política.”

De acordo com a ALA, uma mudança para tecnologias de emissão zero levaria também a uma redução de 78% na emissão de compostos orgânicos voláteis (VOCs, na sigla em inglês). Encontrados principalmente em carros a combustão interna, eles causam dificuldade de respiração, náusea, danos ao sistema nervoso central e câncer.

Crédito da imagem principal: FeelGoodLuck/Shutterstock

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Foto do presidente americano, Joe Biden
Projeto de Biden que previa US$ 555 bi para investimentos em transição para energia limpa foi vetado no Senado (Devi Bones/Shutterstock)

Fonte: Olhar Digital

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