Quarta-feira, Dezembro 4, 2024
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Jesus e Firmino perdem espaço em ataque renovado para o Catar

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Jesus e Firmino perdem espaço em ataque renovado para o Catar

Diz a máxima do futebol que “quem se escala é o jogador”, e não o técnico. Tite vem seguindo essa lógica no ataque da seleção. O ciclo da Copa do Mundo do Catar encerrou com uma verdadeira revolução ofensiva na seleção, com Gabriel Jesus e Roberto Firmino perdendo um espaço que parecia reservado a eles no passado.

As eliminatórias terminaram com um asterisco na tabela. Afinal, ainda não se sabe o desfecho para o “Clássico da Anvisa”, sem data para ser disputado, e sem vontade das duas partes para se encontrar mais uma vez em um duelo que nada valerá para ambos além do possível prazer de derrotar o arquirrival. Na prática, o ciclo foi encerrado, com testes antes da Copa do Mundo apenas para fazer ajustes finos nos nomes que seguirão para o Catar.

A equipe oGol aproveitou para fazer uma análise comparativa entre a base da seleção atual com aquela que foi eliminada pela Bélgica em 2018. As mudanças não são significativas e a maior parte foi na sequência de uma renovação pelo envelhecimento e queda de rendimento natural de atletas em fim de carreira. O ataque foi uma exceção, mas falaremos dele mais à frente.

Defesa consolidada sem unanimidades nas laterais

Não há surpresas na formação da defesa brasileira ao longo do ciclo da Copa. A começar pelo gol. Titular em 2018, Alisson continua a disputar na seleção o espaço com Éderson. Os dois goleiros se destacam ano após ano por Liverpool e Manchester City, e deixam pouco espaço para outros concorrentes. Com trabalho impecável no Palmeiras, Weverton deve ser dono da terceira vaga que foi de Cássio na Rússia, então em boa fase no Corinthians.

Na zaga, a renovação ocorreu como se esperava. Marquinhos era a estrela emergente e hoje é titular absoluto. A única dúvida era se Thiago Silva chegaria no Catar, com 38 anos, com condições físicas para se manter em alto nível. Campeão da Liga dos Campeões com o Chelsea e indiscutível na Premier League, o mentor de Marquinhos formará dupla com seu ex-pupilo, a não ser que sofre com lesão ou queda brusca em sua forma física por conta da idade.

Titular em 2018, Miranda não conseguiu se manter em alto nível por mais um ciclo. Mas há outro jogador com passagem marcante pelo São Paulo para ocupar seu posto, Éder Militão, do Real Madrid. O quarto posto segue em aberto, mas com um trio de peso na zaga, o Brasil está bem servido.

No setor defensivo a maior dúvida é nas laterais. Marcelo, melhor da sua posição por muitos anos, era o titular em 2018. Hoje o lado esquerdo não tem um nome de consenso. Alex Sandro já foi o dono do posto, mas Guilherme Arana esteve bem quando chamado e Alex Telles também cumpriu com as expectativas, embora nenhum deles com o destaque necessário para ser dono da lateral.

No lado direito, Dani Alves parece ser a velha solução para Tite depois de ter retornado ao Barcelona. Mas o lateral está longe de seu auge e teve passagem sem brilho pelo Brasil. Danilo, que era reserva em 2018, é o outro nome para o setor. Fagner, do Corinthians, foi o titular à época por necessidade e falta de opções, mas também sem nunca ter sido unanimidade com a amarelinha.

Coutinho ressurge e Paquetá ganha espaço no meio

A base de 2018 no meio-campo também deverá ser mantida para 2022. A começar por Casemiro, dono do posto na última Copa. Fabinho é a alternativa como protetor da defesa de Tite, mas na reserva até segunda ordem.

Paulinho, homem de confiança de Tite na Rússia, não chega em 2022 no mesmo patamar. Mas Fred, que era reserva em 2018, assumiu a sua vaga, embora com características diferentes: o primeiro aparecia na área para marcar gols, o segundo é o típico “motorzinho”.

A “velha novidade” no meio de Tite é Philippe Coutinho. Renascido para o futebol com o seu retorno à Premier League, o meia-atacante está de volta a seleção também com boas atuações. Mas agora com a concorrência forte de Lucas Paquetá. Ao contrário de 2018, a possibilidade de avançar Coutinho para a ponta é remota, por conta da concorrência no setor.

Juventude em um ataque sem Jesus e Firmino

Gabriel Jesus é jovem, tem 24 anos, e já com uma carreira de sucesso. Tinha apenas 21 quando foi o centroavante brasileiro da última Copa, uma responsabilidade e tanto, e uma que acabou por se tornar um peso. O mais natural era vermos Jesus como o futuro no ataque, e parece que o seu melhor ficou no passado, em baixa com Tite e também no seu clube, o Manchester City.

Mais experiente, mas ainda com 30 anos, Roberto Firmino disputava com Jesus a posição com Tite, e também acabou por ver seu tempo em campo limitado. Antes inquestionável no Liverpool, Firmino também já viveu dias melhores com os Reds. Dificilmente estará no Catar.

Nenhum setor teve renovação maior que o ataque. Neymar é o único a ser mantido entre os titulares, mas nem mesmo uma possível ausência por lesão causaria apreensão no torcedor. Vinícius Júnior, reserva na ponta esquerda, hoje é destaque no Real Madrid e vive momento até melhor que o craque consolidado. Ney pode, inclusive, ser a alternativa para Jesus e Firmino pelo centro, muito pela quantidade de boas opções pelas pontas.

Não quer dizer que não existam boas alternativas para centroavante. Embora não seja sua especialidade no início de carreira, Richarlison vem se adaptando bem pelo centro e, inclusive, é quem tem melhor aproveitamento entre os principais goleadores das eliminatórias, com um gol a cada 89 minutos em campo. Neymar precisa de 113 minutos, Suárez 138, Messi 182 e Marcelo Moreno, artilheiro do torneio, 141.

Gabriel Barbosa seria outra opção mais artilheira, mas não brilhou nas oportunidades que teve e caiu posições entre os preferidos de Tite. Matheus Cunha é a alternativa tática mais próxima de Roberto Firmino. Não é um goleador nato, mas gosta de abrir espaços para os pontas com muita movimentação no ataque. E nos lados não falta talento.

Pela esquerda, Além de Neymar e Vini Júnior, Tite testou Gabriel Martinelli, que vem crescendo na Inglaterra. Pela direita, Raphinha e Antony tiveram destaque quando chamados. O próprio Richarlison pode atuar pelas pontas, assim como Coutinho, e há ainda Everton, hoje no Benfica, e Bruno Henrique.

Tite, que já foi criticado pela insistência em Gabriel Jesus e Firmino, promoveu uma revolução no ataque ao longo das eliminatórias. Que ela termine com o hexa.

Nome

Data de Nascimento

(24 anos)

Nacionalidade

Posição

(50)

Fonte: Ogol

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