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Leilão vai vender partículas lunares da missão Apollo 11 em abril

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Leilão vai vender partículas lunares da missão Apollo 11 em abril

As primeiras partículas lunares – basicamente, poeira quase microscópica da Lua vinda com a missão Apollo 11 – irão a leilão no dia 13 de abril de 2022, de acordo com comunicado emitido pela Bonhams, a empresa por trás da venda. Segundo a casa de leilões, a expectativa é que o item seja comercializado por algo entre US$ 800 mil e US$ 1,2 milhão (R$ 3,8 milhões a R$ 5,71 milhões).

As partículas lunares são parte de um pequeno recipiente usado por Neil Armstrong para garantir alguma amostra de solo da Lua caso a missão tivesse que abortar a parte de caminhar sobre o nosso satélite. Como mostram as evidências históricas, não foi esse o caso, e tanto Armstrong como Buzz Aldrin conseguiram andar pela Lua, dando início a um dos marcos históricos da humanidade.

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“Essa amostra tinha a intenção de garantir pelo menos uma pequena quantidade de material lunar para a volta à Terra, caso a NASA terminasse a missão antecipadamente”, diz o comunicado da Bonhams, citando uma descrição oferecida pela própria agência espacial americana.

O pacote traz 492 gramas (g) de partículas lunares mais finas que um centímetro (cm), bem como 12 fragmentos de rocha maiores que essa mesma medida. Na parte microscópica, o peso não foi descrito pela Bonhams, mas a casa de leilões afirmou que ela está inteira na casa dos micrômetros (μm) de tamanho.

“Eu me pergunto se você poderia vê-las fora dos contêineres de amostras”, disse Adam Stackhouse, o especialista da Bonhams para essa venda. “Eu acho que, se elas ainda estivessem na bolsa especial da missão Apollo 11, seriam mais visíveis. Contra a fita preta de carbono, você acaba vendo só a fita”.

Stackhouse ressalta que, apesar de seu tamanho minúsculo, as partículas lunares vêm com uma longa história não só de viagem pelo espaço, mas também de batalhas judiciais que determinaram que o material não pertence à NASA. Em 2015, uma colecionadora chamada Nancy Lee Carlson obteve via processo judicial o direito de propriedade da bolsa com as amostras – ela viria a vender a bolsa alguns anos depois.

“Se [o pacote] não tivesse passado por algo assim, provavelmente não faríamos esse leilão”, disse Stackhose. “É meio que uma situação única. Eu não vejo como isso deve acontecer de novo”.

O leilão também tem outras peças em oferta, como um pedaço do foguete que levou o primeiro satélite do mundo ao espaço (o satélite Sputnik 1, da antiga União Soviética).

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Fonte: Olhar Digital

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