Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Vacina brasileira contra dengue produz anticorpos em mais de 90% dos imunizados

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Vacina brasileira contra dengue produz anticorpos em mais de 90% dos imunizados

O Instituto Butantan anunciou os resultados dos testes com a vacina contra a dengue que está sendo desenvolvida há mais de 10 anos. De acordo com o laboratório em publicação na científica Human Vaccines & Immunotherapeutics, a vacina induziu a geração de anticorpos em 100% dos indivíduos que já tiveram dengue e em mais de 90% naqueles que nunca haviam tido contato com o vírus.

O imunizante está sendo feito pelo Instituto Butantan em parceria com  Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID). O estudo foi feito por pesquisadores da farmacêutica Merck e também teve a participação do laboratório brasileiro.

Ainda segundo o Butantan, atualmente a pesquisa está na fase 3 de testes sendo que esses resultados são dos ensaios clínicos da fase 1. A fase 2 também teve seus resultados apresentados em março de 2020 e mostrou a geração de anticorpos em mais de 70% dos indivíduos contra os quatro subtipos do vírus com apenas uma dose.

Os resultados mostram que a vacina protege contra a dengue tanto quem já teve quanto quem nunca teve contato com o vírus. Além disso, uma segunda dose não aumentou a proteção de forma significativa. “A análise randomizada incluiu 200 adultos que receberam duas doses do imunizante ou placebo, para avaliar a capacidade da segunda dose de aumentar os anticorpos. Após a primeira dose, a soroconversão foi de 100% em quem já teve dengue e 92,6% em quem nunca foi infectado. A dose adicional não induziu diferenças significativas, confirmando que uma única dose é suficiente para produzir resposta imunológica contra a doença”, disse o Butantan.

Não foram registrados efeitos colaterais graves. A reações para alguns participantes incluíram dor de cabeça, fadiga e dores musculares. A proteção foi medida durante um ano e meio e continuou alta em todos os participantes ao fim desse período. A previsão é que a pesquisa seja concluída até 2024.

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Fonte: Olhar Digital

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