De serviços de fabricação e manutenção a voos comerciais, o setor de aviação vem sendo um dos mais afetados pela sequência de sanções dos EUA e da União Europeia à Rússia. A companhia aérea de Hong Kong Cathay Pacific, por exemplo, se prepara para lançar o maior voo de passageiros no mundo para evitar o espaço aéreo russo.
No presente, o voo mais longo com passageiros pertence à Singapore Airlines, que percorre 15.343 km em 18 horas entre a cidade-estado asiática e Nova York, nos Estados Unidos.
Mas a Cathay quer ir além: segundo informou à AFP na última terça-feira (29), a companhia planeja um trajeto de 16.668 km entre Hong Kong e Nova York no próximo domingo (3). Será o maior voo de passageiros em distância, porém não em tempo, já que o trajeto irá durar em torno de 17 horas — um a menos, portanto, que o da Singapore.
No antigo trajeto da Cathay, a rota durava cerca de 15 horas e cobria uma extensão de 12.990 km, passando por leste da China, centro-leste da Rússia, oceano Pacífico e, finalmente, a cidade de Nova York. Na nova configuração, para fugir do espaço aéreo russo, a companhia optou por sair de Hong Kong, que fica no extremo sudeste da China, sobrevoar o oeste do país asiático inteiro, o Mar Negro, a Europa central e o oceano Atlântico para alcançar a principal cidade dos Estados Unidos.
Oficialmente, a Cathay Pacific alega a opção pelo tráfego transatlântico em virtude dos fortes ventos sazonais no Oceano Pacífico nessa época do ano. De qualquer forma, no próximo dia 3, os dados das plataformas de rastreamento de voos mostrarão a nova rota da companhia, que pode levar a um novo recorde mundial (e não-intencional) de voo mais longo de passageiros.
O avião que vai operar o futuro maior voo de passageiros do mundo no próximo dia 3 é um Airbus A350-1000. Construído com fuselagem que contém mais de 70% de materiais avançados e alimentado por dois motores turbofan Trent XWB, ele é a segunda aeronave mais longa construída pela marca europeia.
Concorrente do Boeing 777, este Airbus acomoda entre 350 e 410 passageiros. O avião entrou em serviço em fevereiro de 2018, primeiramente com a Qatar Airways e, em seguida, para a Virgin Atlantic, British Airways, Etihad e a própria Cathay, entre outras.
Crédito da imagem principal: Cathay Pacific/Divulgação
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Fonte: Olhar Digital
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