Retirada de civis de Mariupol, no sul da Ucrânia, fracassa nesta sexta

Retirada de civis de Mariupol, no sul da Ucrânia, fracassa nesta sexta

Cruz Vermelha relata que teve de recuar e não conseguiu ir até a cidade para garantir evacuação

Cruz Vermelha relata que teve de recuar e não conseguiu ir até a cidade para garantir evacuação

A cidade ucraniana de Mariupol, que está sitiada pelas tropas russas, teve uma tentativa fracassada de retirada de civis nesta sexta, 1º. Uma equipe da Organização Nã0-Governamental Cruz Vermelha tentou se dirigir ao local com o objetivo de garantir uma saída segura para as pessoas, mas teve que recuar. Em nota oficial divulgada, a entidade explicou que a equipe, composta por três veículos e nove pessoas, voltou para Zaporizhzhia porque “condições impossibilitaram” a continuidade da missão. “Para o sucesso da operação, é fundamental que as partes respeitem os acordos e forneçam garantias de segurança”, afirmou a Cruz Vermelha.

A Rússia havia prometido realizar um cessar-fogo temporário na cidade e abrir um corredor humanitário na quinta, 31. Entretanto, sinais ao longo do dia davam conta de que a promessa não seria cumprida: o governador da região de Donetsk, no Donbass, Pavlo Kirilenko, acusou tropas russas de impedirem que o corredor humanitário fosse operacional. Durante a noite, a Cruz Vermelha confirmou o novo fracasso no cessar-fogo. A organização, agente neutro nos conflitos, teve de deixar Mariupol há duas semanas devido à falta de capacidade operacional e ainda não sabe quando poderá retornar. Na quarta, 30, o próprio prédio da Cruz Vermelha na cidade foi atingido por bombas – ninguém estava no local e os depósitos de medicamentos já haviam sido esvaziados.

Apesar da operação da ONG beneficente ter fracassado, cerca 3 mil pessoas conseguiram sair da cidade nesta sexta, a maioria em veículos particulares, informou o governo ucraniano. No total, 6.266 conseguiram sair de zonas de conflito hoje. Mariupol é considerada importante para a estratégia russa na guerra porque sua conquista permitiria estabelecer um corredor por terra entre a Crimeia, dominada pelos russos, e as regiões de Donetsk e Luhansk, onde separatistas enfrentam tropas do governo ucraniano desde 2014.

Fonte: Jovem Pan News

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