As vacinas da Pfizer, Moderna e Janssen devem passar por atualizações em suas fórmulas para atender a novos critérios do FDA, órgão similar à Anvisa dos Estados Unidos. O objetivo é garantir que os imunizantes mantenham altos níveis de proteção, mesmo com a evolução do vírus.

De acordo com o FDA, os cientistas ainda não entendem completamente a relação entre a eficácia das vacinas e o surgimento de novas variantes do vírus da Covid-19. Isso acontece porque as vacinas foram desenvolvidas com base na cepa original do vírus, com as variantes diminuindo sua eficiência.

Por conta disso, o comitê consultivo do FDA, que conta com especialistas externos em vacinas, vai discutir como fazer atualizações nas fórmulas das vacinas atuais, a fim de mantê-las altamente eficazes. Pfizer e Moderna já saíram na frente e estão testando vacinas que usam a variante ômicron como base.

Queda acentuada na eficácia

Atualmente, a eficácia dos imunizantes das empresas contra a ômicron caiu de 70% para apenas 10% após 25 semanas da aplicação da segunda dose. Por conta disso, em uma série de países, incluindo o Brasil, foi instituída uma terceira dose desses imunizantes para aumentar a proteção oferecida.

Quando as vacinas foram desenvolvidas, sua eficácia girava em torno de 90% na proteção contra infecções sintomáticas da Covid-19. Hoje, esse índice gira entre 70% e 80%, podendo chegar a até 25% após 15 semanas da aplicação da dose de reforço, por isso a necessidade de atualizações.

Este processo de atualizações deve funcionar de forma parecida com o que é feito com as vacinas contra a gripe, que conta com um guia de procedimentos para alterar a formulação dos imunizantes. Neste caso, são feitas duas reuniões anuais para estudo de quais são as principais variantes e faz uma recomendação sobre qual deve ser a composição da vacina.

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