Novas sanções são em resposta ao massacre na cidade de Bucha; Bruxelas vai impossibilitar exportação de semicondutores
A Comissão Europeia propôs nesta terça-feira, 5, discutir novas sanções contra a Rússia após o suposto massacre que aconteceu na cidade de Bucha, onde dezenas de corpos foram encontrados largados nas ruas, alguns com as mãos amarradas. Em resposta a essa atrocidade, os 27 países-membros da União Europeia resolveram intensificar suas pressões. Dentre as novas medidas que estão sendo discutidas está a interrupção da compra de petróleo e carvão da Rússia e o fechamento dos portos europeus para navios operados por russos. “Estamos trabalhando juntos, França e Alemanha, para definir este novo pacote (de sanções) que incluirá petróleo e carvão”, disse o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le DrianL, ao lado de sua homóloga anfitriã, Annalena Baerbock. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falou que “é claramente necessário aumentar ainda mais a pressão” contra Moscou. Bruxelas também propõe aumentar as sanções bancárias existentes e proibir as exportações de materiais e componentes industriais cruciais para a Rússia, como semicondutores avançados, no valor de 10 bilhões de euros (US$ 11 bilhões).
A Rússia nega que tenha envolvimento no massacre na cidade de Bucha e acusa a Ucrânia de encenar mortes de civis. “Membros do 72º centro ucraniano de operações psicológicas gravaram, na tarde de 4 de abril, uma nova encenação filmada de civis supostamente assassinados por ações violentas do exército russo na cidade de Moshchun, 23 km ao noroeste de Kiev”, declarou o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov. Na segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que funcionários do ministério russo da Defesa encontraram sinais de “falsificações nos vídeos” e de “fakes” nas imagens apresentadas pelas autoridades ucranianas como provas de um massacre atribuído à Rússia. “Com base no que vimos, não é possível confiar nestas imagens de vídeo”, afirmou Peskov, antes de acrescentar que “esta informação deve ser seriamente questionada”.
Fonte: Jovem Pan News
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