A revista Forbes publicou no começo de abril a sua tradicional lista de maiores bilionários do planeta, e a edição de 2022 do ranking trouxe duas jovens surpresas: os brasileiros Henrique Dubugras, 26 anos, e Pedro Franceschi, 25 anos, possuem fortuna estimada em US$ 1,5 bilhão. Eles conseguiram isso graças à Brex, startup fundada por eles avaliada em US$ 12,3 bilhões.

A Brex é uma startup que oferece cartões de crédito para empresas. Ela não é o primeiro negócio dos jovens bilionários, no entanto.

Quem são Pedro Franceschi e Henrique Dubugras

Pedro e Henrique são amigos e sócios de longa data. Em 2013, eles fundaram a startup de pagamentos Pagar.me, com ferramentas para ajudar comerciantes a aceitarem pagamentos online. O negócio deu tão certo que a startup acabou sendo vendida para a Stone.

Com o dinheiro da primeira startup vendida, os jovens tentaram fazer faculdade, mas abandonaram o curso de ciência da computação em Stanford após o primeiro ano e decidiram voltar aos negócios. Em 2017, eles criaram a Brex, oferecendo cartões corporativos para empresas nos EUA.

Apesar de possuírem fortunas avaliadas em US$ 1,5 bilhão, os jovens não se consideram exatamente bem-sucedidos. “Estamos obviamente felizes com o que alcançamos, mas há muito mais por vir,” contou Dubugras à Forbes.

Brex: o que faz a empresa fundada pelos jovens brasileiros

Apesar de ter sido fundada por uma dupla de brasileiros, a Brex tem sede em São Francisco, nos Estados Unidos. E os negócios da empresa são voltados para lá: a principal oferta é a de cartões de crédito para outras empresas. A ideia é facilitar a emissão desses cartões corporativos.

Com o passar dos anos, a Brex expandiu o portfólio e passou a atuar também com um negócio de contas bancárias corporativas. Atualmente, a empresa também oferece um software de gerenciamento de despesas e um recurso de pagamento de contas comerciais.

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Brex, startup fundada por dois jovens brasileiros. Imagem: Divulgação

O desempenho da startup chamou a atenção de investidores e, em agosto de 2021, após aporte de US$ 300 milhões, ela passou a ser avalida em mais de US$ 10 bilhões – sendo, assim, uma “decacórnio”.

Em 2021, a Brex viu a receita dobrar em relação ao ano anterior. A startup, no entanto, não comenta números em detalhes, e nem fala sobre a lucratividade atual.

Para 2022, a Brex quer manter o ritmo acelerado dos últimos anos. A empresa planeja aumentar em pelo menos 50% o número de funcionários, além de guardar dinheiro em cofres para se proteger de possíveis desacelerações no mercado.

Fonte: Forbes, Valor Econômico