A crise no fornecimento de semicondutores está tão acentuada que a Casa Branca realizou, nesta quarta-feira (6), uma reunião com legisladores norte-americanos tendo como pauta os riscos crescentes para a economia do país por conta da falta dos chips. O encontro foi confidencial e evidenciou ‘vulnerabilidades crescentes’ que a problemática poderá trazer ainda este ano. Somente em 2021, a ausência desses materiais influenciou na queda de pelo menos um ponto percentual no PIB dos Estados Unidos.
Análise sobre crise dos chips
Na reunião, um briefing foi transmitido aos políticos, fornecendo uma análise mais recente da comunidade de inteligência e do Departamento de Defesa sobre as principais vulnerabilidades e riscos que essa defasagem traz para a economia e segurança nacional.
De olho em uma alternativa a médio prazo, a Casa Branca tem pressionado o Congresso a aprovar US$ 52 bilhões em subsídios dos EUA para a fabricação de chips semicondutores após meses de discussões.
Em junho, o Senado aprovou um pacote que prevê US$ 190 bilhões em investimentos para fortalecer a tecnologia e a pesquisa norte-americana para competir com a China, que lidera o setor.
Na reunião desta quarta-feira (6), certamente muitos deputados estão sendo conscientizados sobre a importância de uma lei de compromisso que assegure os investimentos, principalmente para evitar um colapso na economia.
Prejuízos na cadeia produtiva
A escassez de chips começou juntamente com as paralisações das fábricas chinesas em razão da pandemia de coronavírus.
Como a demanda mundial é altíssima pelos materiais, principalmente para serem utilizados na produção de smartphones, automóveis, notebooks, computadores, TVs, entre outros, a interrupção causou um efeito cascata, acumulando os pedidos.
Agora, existe uma crise mundial que só deve se normalizar por volta de 2023, como prevê algumas montadoras de peso. Entre elas, a Volkswagen. Assim, muitas indústrias estão reduzindo a capacidade produtiva e até destinando férias coletivas aos funcionários, como aconteceu na unidade da Mercedes-Benz, no Brasil, que ficará fechada até o dia 3 de maio.
O objetivo dos projetos de lei que a Casa Branca almeja que sejam aprovados é para destinar mais competitividade aos Estados Unidos, principalmente diante da China tanto no comércio de eletrônicos quanto nas causas climáticas.
Segundo o governo de Joe Biden, os EUA produziam cerca de 40% da demanda de chips mundial em 1990. Hoje, detêm apenas 12% do mercado global, ou seja, uma reação é mais do que urgente.
Via: Reuters
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Fonte: Olhar Digital
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