O ano é 2022 e ninguém precisa mais tocar em uma máquina de cartão de crédito ou débito. Basta aproximar aquele retângulo com um chip e pronto, tudo pago. E tem ainda quem use relógios inteligentes para isso. Mas, a maquineta de aproximação é a bisneta de uma tecnologia intrigante para as crianças da época.
Logo que surgiram os cartões de crédito, a internet estava longe de ser uma realidade. Assim, há mais de 100 anos, em 1920, apenas os clientes mais fieis, aqueles que o dono dos estabelecimento confiava, podiam comprar sem pagar na hora. O modelo moderno, porém, chegou depois.
O início de tudo
Primeiro, é preciso entender esse método de pagamento. O cartão de crédito como conhecemos, com nome e dados do dono, surgiu em 1949. A ideia foi de Frank MacNamara, que saiu para um restaurante com executivos financeiros e percebeu que não levou dinheiro ou o talão de cheques. O sucesso só veio nos anos 1960.
A American Express criou seu cartão em 1958, mas a popularização chegou através do BankAmericard, lançado pelo BankAmerican Service Corporation, em 1966. O método de pagamento era aceito em mais de 12 milhões de estabelecimentos. Ele é justamente o mais popular atualmente: Visa. O MasterCard surgiu no mesmo ano.
Já o público brasileiro passou a ter acesso aos cartões de plástico em 1956, sob a bandeira Diners, mas aceito em apenas poucos restaurantes. O Credicard chegou em 1968, sendo o primeiro de um banco. Os primeiros cartões de crédito internacional chegaram em 1994, junto ao Plano Real.
A máquina de cartão de crédito
Mãe da leitura do magnético, avó da leitura do chip e bisavó da aproximação. Lá pela década de 1970, o registro de compras no cartão de crédito era feito de forma manual. Afinal, sistemas eletrônicos dependem da internet e a rede mundial de computadores, surgida em 1969, estava longe de ser algo popular e acessível.
Os cartões precisavam ser feitos com os dados impressos em relevo, algo que ainda acontece em objetos recentes, como nome, número do cartão e, por vezes, até endereço. Isso era a regra, pois dessa forma apareciam na antiga maquineta. O cartão de crédito era colocado em uma máquina com papel carbono, que imprimia as informações do portador no recibo.
A maquineta, chamada também de decalcadora, possuía os dados do estabelecimento, para que essas informações também aparecessem na cópia. Em seguida, o cliente assinava o registro, que seria enviado ao banco para compensar o valor, como se fazia também com cheques.
E caso o valor da compra fosse muito alto, era preciso ligar na hora para a instituição financeira. Na época, o comerciante recebia o pagamento em apenas dois dias. É importante ressaltar que a compra parcelada chegou depois. Mas isso já é assunto para outro dia.
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Fonte: Olhar Digital
Comentários