A grande estrela do Atlético Mineiro é Hulk, fato inegável, mas isso não quer dizer que não exista espaço para outros protagonistas. Nacho Fernández, que fechou 2021 sem o mesmo brilho com que habituou o torcedor na maior parte da temporada, voltou forte em 2022. Assistências, gols e a liderança do argentino são combinadas com uma rara leveza para carregar tamanha responsabilidade.
Nacho foi o melhor jogador em campo na vitória do Galo sobre o Tolima. O triunfo, por sinal, foi o primeiro de um clube brasileiro contra o Tolima em Ibagué, na Colômbia. Antes, Vasco, Rio Branco-AC, Grêmio, Corinthians, Cruzeiro, Athletico e Internacional falharam na missão de superar a equipe colombiana em seus domínios.
A vitória por 2 a 0 veio sem um grande futebol, num time que sofreu algumas mudanças na escalação de Turco Mohamed, fatores que só valorizam mais a noite de Nacho. Onipresente em campo, como já é de costume, o meia abriu o placar para o Atlético depois de receber um passe na medida de Savarino.
A coroação por ser eleito o melhor em campo, mérito que talvez pudesse ser dividido com Éverson, que também teve parcela fundamental na vitória, reflete o bom momento de Nacho. Em 2021, o argentino marcou 10 gols e distribuiu 11 assistências, sendo muito mais prolífico em termos de participação em gols do que foi nos tempos de River. Nos Millonarios, o máximo de gols marcados por Nacho em um ano foi nove, mas na maior parte dos oito anos que passou por lá sequer chegou em cinco tentos.
Apesar de nutrir excelentes estatísticas pelo Atlético, Nacho teve uma queda de rendimento nos últimos meses de 2021. Antes titular absoluto com Cuca, Nacho passou a frequentar o banco de reservas mais vezes, além de raramente completar os 90 minutos em campo. Como o próprio jogador já deixou claro, no Atlético, passou a jogar mais avançado, encontrou um calendário mais intenso do que estava habituado, e parecia mesmo não estar com o físico necessário para exibir sua “onipresença”.
Renovado, Nacho entrou em 2022 na voltagem em que se apresentou ao Galo no ano passado. Em 12 jogos neste ano, são quatro gols e quatro assistências, que mais importante do que números, valeram conquistas. Nacho marcou na decisão da Supercopa contra o Flamengo, marcou e deu assistência na final contra o Cruzeiro, e ajudou o Atlético a estrear de forma vitoriosa na Libertadores, grande objetivo do clube na temporada.
Fora Hulk, a estrela da companhia, ninguém participou mais de gols pelo Atlético nesta temporada, e foi assim também na passada. Sorte do atleticano, que sabe que não tem protagonistas solitários no elenco.
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Fonte: Ogol
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