Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriram a relação entre os parasitas da malária que infectam humanos e macacos.  

O mistério durou cerca de 100 anos, desde que cientistas em 1920 identificaram macacos infectados com parasitas aparentemente idênticos ao Plasmodium malariae, uma das seis cepas que infecta seres humanos.  

“Entre os seis parasitas que causam malária em humanos, o P. malariae é um dos menos compreendidos”, disse o principal pesquisador, Lindsey Plenderleith. Com a nova pesquisa, foi possível descobrir que o P. malariae se originou em chimpanzés africanos e depois passou a infectar os humanos.  

Os pesquisadores analisaram o DNA dos parasitas e determinaram três espécies distintas. A P. malariae que infecta mais humanos, e outras duas afeta macacos, inclusive, uma delas era desconhecida e foi encontrada em chimpanzés.  

Ao comparar essas espécies, foi possível comprovar que a população de parasitas da malária humana viu sua população encolher temporariamente, perdendo variação genética. Isso aconteceu pois a P. malariae era um parasita de macacos, mas um pequeno grupo trocou de hospedeiro e passou a infectar humanos.  

Mosquito da Malária
Cientistas descobrem relação entre malária humana e cepa de macacos. Imagem: smuay (iStock)

“Nossas descobertas podem fornecer pistas vitais sobre como ele se tornou capaz de infectar pessoas, além de ajudar os cientistas a avaliar se são prováveis novos saltos de parasitas de macacos em humanos”, concluíram.