Para ter uma ideia, nove em cada dez pequenos negócios já adotaram o sistema de pagamentos instantâneos, que conta com a aprovação da grande maioria da população: 85% segundo um estudo da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Pix, Banco Central
Nove em cada dez pequenos negócios já aceitam Pix. Imagem: Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock

Entretanto, muitos ainda podem ter dúvidas de como agir para resolver certas situações, como receber ou fazer uma operação por engano, por exemplo.

Enviei um Pix para a pessoa errada, vou perder o dinheiro?

Depende. O Banco Central informa que é possível cancelar uma operação feita por engano, desde que o pagamento em questão ainda não tenha sido confirmado pelo seu banco.

Em todo o caso, é preciso agir rápido, já que a liquidação de transações por Pix costumam ocorrer em poucos segundos após o pagamento.

A boa notícia é que quem recebeu o valor pode devolver o dinheiro. A dica é tentar identificar o recebedor por meio dos dados da sua chave. Se for um celular, por exemplo, é possível tentar entrar em contato para solicitar a devolução do dinheiro.

Em todo o caso, ainda há a opção de buscar o banco onde a operação foi realizada para relatar o seu caso. Dessa forma, a própria instituição pode entrar em contato com quem recebeu a transferência por Pix.

No fim, se ainda assim o problema não for resolvido, a última alternativa é juntar provas sobre o ocorrido e procurar reaver o valor na Justiça.

O que fazer se receber um Pix errado

Como mencionamos antes, a recomendação, inclusive da própria Febraban, é buscar contato com quem enviou o dinheiro para efetuar a devolução.

Vale ressaltar que não devolver o valor pode resultar em problemas judiciais e até a aplicação de certas penalidades.

Reforço contra fraudes

Pensando em maneiras de blindar o sistema de pagamentos lançado em novembro de 2020, o Banco Central incluiu duas novidades no Pix: o Bloqueio Cautelar e o Mecanismo Especial de Devolução.

O Bloqueio Cautelar permite que o banco responsável pela sua conta possa efetuar bloqueios preventivos em casos de suspeita de fraude, que podem ficar ativos por até 72 horas.

A medida permite que a instituição faça uma análise mais profunda de fraude, o que aumenta a chance de recuperar o dinheiro das vítimas em caso de golpe, por exemplo.

Já o Mecanismo Especial de Devolução, ou MED, entra em ação quando uma pessoa faz um Pix e logo em seguida se dá conta de que foi vítima de um golpe, por exemplo.

Nesse tipo de situação, é preciso registrar um boletim de ocorrência e avisar o ocorrido ao seu banco o quanto antes, seja pelo SAC, ouvidoria ou chat.

O banco da vítima, então, notifica a instituição que está recebendo a transferência para bloquear os recursos recebidos. No fim, se o crime for identificado, a instituição de destino devolve o dinheiro.

O MED, entretanto, não é um mecanismo de reversão de pagamentos. O recurso não se aplica caso o usuário faça um Pix por engano ou para desfazer uma compra, por exemplo, informa o BC.

Dicas para não errar uma operação por Pix

Fique atento aos dados mostrados na tela. O Banco Central recomenda atenção redobrada ao incluir a chave ou ao utilizar o Pix via código QR. Tenha em mente que o aplicativo do banco indica antes de confirmar a transação as informações de quem vai receber os valores.

Nesse momento, é necessário verificar se todos os dados estão de acordo. Dessa maneira, além de evitar cair em armadilhas, fica mais difícil enviar pagamentos por engano para terceiros.

Com informações do G1.