O ex-PM, vereador do Rio de Janeiro e youtuber Gabriel Monteiro está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do estado por assédio sexual, moral e estupro, além de outras acusações. Na última terça-feira (5), seis servidores e ex-funcionários do parlamentar foram ouvidos pela 42ª DP e informaram que eram contratados como assessores parlamentares na Câmara, mas trabalhavam na casa dele produzindo conteúdo para suas redes sociais.  

Um dos ex-funcionários chegou a contar que Gabriel Monteiro ganha mais de R$ 300 mil por mês só com as postagens de vídeos no YouTube. O depoente ainda afirmou que sempre ficava até tarde produzindo conteúdo e que muitos funcionários dormiam na casa do vereador pela quantidade de material produzido.  

O político ganhou grande popularidades nas redes sociais ao publicar vídeos polêmicos no YouTube, muitos relatando casos de corrupção dentro da Polícia Militar, corporação que ele fez parte. Monteiro passou a abordar diversos assuntos em suas redes sociais. Porém, as denúncias contra o vereador apontam que muitos desses conteúdos eram forjados e não passavam de encenação para gerar engajamento.  

As foram feitas por uma matéria do Fantástico, programa da TV Globo, que entrevistou algumas vítimas e ex-funcionários do parlamentar. O Ministério Público está investigando se o político cometeu improbidade administrativa – conduta inadequada praticada por agentes públicos que cause danos à administração pública, como usar dinheiro público para benefício particular.  

Gabriel Monteiro
Assessor de Gabriel Monteiro revela que o vereador fatura R$ 300 mil por mês com YouTube. Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Gabriel Monteiro afirmou que os funcionários envolvidos em suas redes sociais tinham contratos a parte, não tendo relação com suas funções parlamentares. Os funcionários negam. O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro abriu um processo contra Gabriel Monteiro, a conclusão pode levar à cassação do mandato de vereador.