Sexta-feira, Dezembro 5, 2025
spot_img
Início TECNOLOGIA E ENTRETENIMENTO Cientistas observaram diferenças cerebrais associadas ao autismo aparentes no útero

Cientistas observaram diferenças cerebrais associadas ao autismo aparentes no útero

Representação gráfica de criança com autismo

Uma nova pesquisa analisou exames cerebrais pré-natais e descobriu diferenças significativas nas estruturas cerebrais por volta de 25 semanas de gestação entre crianças que foram diagnosticadas com autismo. 

Com o novo estudo, os pesquisadores reforçam a ideia de que o autismo começa durante o desenvolvimento da criança no útero da mãe, o que pode facilitar o diagnóstico e tratamento do transtorno.  

“Nossos resultados sugerem que um aumento do volume do lobo insular pode ser um forte biomarcador de ressonância magnética pré-natal que poderia prever o surgimento de Transtorno do Espectro Autista (TEA) mais tarde na vida”. 

Os pesquisadores analisaram exames cerebrais de 39 crianças, nove delas foram diagnosticadas com autismo, 20 eram neurotípicas e outras 10 não tinha o transtorno, mas tinha condições de saúde que também foram observadas nas crianças com TEA.  

“Dado que muitos fatores genéticos e ambientais podem afetar o surgimento do TEA começando nos estágios fetais, é ideal identificar a primeira assinatura de anormalidades cerebrais em pacientes com autismo em perspectiva”, ressaltou o autor da pesquisa.  

Representação gráfica de criança com autismo
Cientistas observaram diferenças cerebrais associadas ao autismo aparentes no útero. Imagem: Nikosnikossss/Shutterstock

“Até onde sabemos, esta é a primeira tentativa de segmentar semiautomaticamente as regiões do cérebro no estágio pré-natal em pacientes diagnosticados com autismo mais tarde e comparar diferentes grupos de controles”, concluiu. 

O estudo segue o mesmo campo de pesquisa de trabalhos anteriores que apontaram mudanças no córtex insular em adultos com autismo e relataram que essas alterações começaram no útero. Além disso, os pesquisadores também descobriram que crianças com autismo mostraram uma amígdala e comissura do hipocampo significativamente maiores em comparação com outras crianças.

Fonte: Olhar Digital

Comentários