Uma pesquisa feita em mais de 10 países mostrou que pessoas que ouvem podcasts possuem mais chances de serem curiosas e estarem abertas à novas experiências, além de ter menos risco de desenvolver neurose, quando comparados com aqueles que não ouvem.
Os pesquisadores ouviram 306 pessoas sobre seus hábitos de escutar podcasts e compararam isso com suas medidas de personalidade. Quem já escutou um desses programas de áudio pontuou mais alto para abertura à experiência, curiosidade baseada em interesse e necessidade de cognição – uma medida que aponta o prazer individual de “esforços cognitivos forçados”.
Além disso, os ouvintes também pontuaram mais baixo para o risco de apresentar neuroticismo, que é a tendência a experimentar emoções negativas facilmente antes de eventos comuns da vida.
A coautora do estudo e professora da Universidade de Tecnologia de Queensland, Stephanie Tobin, relatou que estes dados sobre os podcasts são completamente diferentes do que é visto nas mídias sociais, que é um dos fatores que geram neuroticismo.
De todos os voluntários do estudo, cerca de 78% relataram ser ouvintes de podcasts. As categorias mais populares são comédia (48%), jogos e hobbies (34%), sociedade e cultura (23%), música (23%) e notícias e política (23%).
Menos da metade dos ouvintes se engajou com um podcast menos do que mensalmente, enquanto 30% diz que ouvia os programas semanalmente e outros 12,5% são ouvintes diários.
A pesquisa também descobriu que os ouvintes de podcasts pontuaram mais alto no traço de amabilidade, ou seja, eram mais propensos a criar relacionamentos parassociais com os apresentadores dos programas favoritos.
“Quanto mais você ouve, mais você se envolve socialmente e sente que o anfitrião favorito é um amigo. Sentir que o apresentador do podcast era seu amigo estava relacionado a se sentir geralmente mais conectado com outras pessoas”, disse Tobin.
Apesar da pesquisa ser bem estruturada, outros especialistas relatam que faltam alguns dados muito importantes, como tempo gasto ouvindo os podcasts, por exemplo.
Fonte: Olhar Digital
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