A guerra entre Rússia e Ucrânia já dura 44 dias, diversas sanções à Moscou já foram impostas e uma série de empresas saíram do território russo. Entre elas, a marca francesa Chanel, que incluiu ainda um pedido para a suspensão de venda de seus produtos para pessoas que possam usá-los na Rússia.
Por isso, influenciadoras digitais russas iniciaram um boicote à marca, com protestos no Instagram. A DJ Katya Guseva, com 591 mil seguidores, e a jornalista Marina Ermoshkina, com 303 mil seguidores, começaram com os vídeos, na última terça-feira (5). Durante a semana, foram seguidas por outras.
Uma publicação compartilhada por Екатерина Гусева (@djkatyaguseva)
“Essa marca não terá meu dinheiro e eu tenho respeito por mim mesma. Eu sou contra a russofobia e sou contra essa marca que apoia a russofobia”, disse Marina no vídeo, enquanto destrói, com uma tesoura de jardinagem, uma bolsa avaliada em 400 mil rublos, cerca de R$ 22 mil.
Uma publicação compartilhada por Marina Ermoshkina (@amazing_marina)
Nos comentários das publicações, pessoas de diversos lugares do mundo criticam as influenciadoras. “Você chora por sua bolsa! As mães da Ucrânia choram por seus filhos”, diz um comentário na publicação de Victoria Bonya, que tem 9,3 milhões de seguidores. Na legenda, a influencer diz que nunca viu “uma marca ser tão desrespeitosa com os clientes”.
O vídeo de Bonya tem 3,5 milhões de visualizações no Reels do Instagram. Ela corta uma clutch, tipo de bolsa pequena, avaliada em 8 mil euros, ou quase R$ 41 mil.
Uma publicação compartilhada por VICTORIA BONYA (@victoriabonya)
Por outro lado, a influenciadora Anna Kalashnikova evitou rasgar qualquer uma de suas bolsas da Chanel. Ela disse estar “indignada com o ato de russofobia da marca”, mas se recusa a destruir os objetos, pois “negatividade gera negatividade”. A apresentadora afirmou que vai doar os artigos para instituições de ajuda humanitária a refugiados e mulheres de Donbass, um dos lugares mais afetados após a invasão à Ucrânia.
Uma publicação compartilhada por ANNA KALASHNIKOVA (@annakalash)
À BBC, a Chanel confirmou que está cumprindo as sanções da União Europeia. A marca de luxo proíbe a venda de itens com valores superiores a 300 euros, cerca de R$ 1.550, para a Rússia e para pessoas que vão levar para o país e lá usar. Assim, as lojas solicitam que os clientes informem seu endereço principal.
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Fonte: Olhar Digital
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