Drones controlados por voluntários civis da Ucrânia tem realizado mais de 300 missões de reconhecimento no conflito armado do país contra a Rússia. De acordo com um dos participantes, Mykhailo contou para o site Business Insider que eles efetuam ataques e que já destruíram “dúzias, possivelmente centenas de veículos russos”.

Parte dos ataques estão sendo reproduzidos nas redes sociais, onde a tropa, intitulada de Aerorozvidka, está ganhando muitos seguidores desde o início da Guerra Rússia-Ucrânia. Até o momento, a maior vitória deles foi impedir o avanço de um comboio russo que pretendia atacar a capital da Ucrânia, Kiev.

O coronel Yaroslav Honchar contou ao The Guardian que a equipe conseguiu o feito durante um ataque noturno, com 30 homens em quadriciclos, armados com rifles e também drones equipados com uma câmera termal e explosivos de até 1,3 kg.

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Além disso, a coordenação do coronel Honchar enfatiza a importância do grupo civil dentro da atuação e estratégia das Forças Armadas da Ucrânia, ganhando notoriedade para resistir à invasão da Rússia. O grupo Aerorozvidka surgiu como uma espécia de ONG em 2014, logo depois que a Rússia anexou a região da Crimeia, formados principalmente por especialistas em TI.

“Alguns de nós têm PhDs. Outros têm mestrado. Alguns são da indústria de TI ou outras indústrias. O que nos une é a vontade devencer essa guerra”, disse Mykhailo, responsável pela comunicação do grupo e complementou que “agora, somos todos soldados”

Os voluntários até customizam drones “civis”, de marcas comuns em lojas, DJI, Autel e French Parrot, por exemplo. Há outros que eles construem do zero, como o octóptero R-18, que custou cerca de US$ 20 mil. O drone tem alcance de 4 km, autonomia de voo de 40 minutos e ainda pode soltar bombas de até 5 kg. O valor é subsidiado por apoiadores.