Pesquisadores do Observatório de Internet de Stanford, nos Estados Unidos, descobriram que agências terceirizadas estavam utilizando inteligência artificial para criar perfis falsos no LinkedIn a fim de atrair potenciais clientes às empresas que os contratam.
A descoberta foi feita após o pesquisador Renée DiResta receber uma mensagem de uma usuária chamada Keenan Ramsey lhe oferecendo serviços de telecomunicações. O cientista percebeu que o avatar do perfil tinha falhas comuns de fotografias criadas por inteligência artificial, como falhas no cabelo, falta de um par de brincos e fundo borrado.
DiResta recebeu a mesma mensagem de outro usuário e decidiu chamar seu companheiro Josh Goldstein para investigar o caso. Eles encontraram outros mil perfis falsos criados por agências dos Estados Unidos.
Segundo o material divulgado, o foco desses perfis é conseguir contatos de clientes em potencial, como nome, e-mail e telefone. O perfil fake iniciava a conversa e depois um atendente humano dava continuidade no bate-papo.
As agências optaram por esta tecnologia para burlar as regras do LinkedIn, que não permite a utilização de fotos de outros pessoas em um perfil. Desta forma, as fotos usadas eram feitas exclusivamente para cada fake.
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“Nossas políticas deixam claro que cada perfil do LinkedIn deve representar uma pessoa real. Estamos constantemente atualizando nossas defesas técnicas para melhor identificar e remover perfis falsos de nossa comunidade, como fizemos nesse caso”, relatou uma porta-voz do LinkedIn sobre o caso.
Os pesquisadores disseram que as imagens utilizadas nestes perfis falsos do LinkedIn são produzidas por uma tecnologia chamada de Generative Adversarial Network (GAN, na sigla em inglês).
A tecnologia funciona por aprendizado de máquina e tende a melhorar sua qualidade com o decorrer do tempo, tornando mais difícil a diferenciação do que foi criado para o que é real. Essas imagens já podem ser encontras em bancos de imagens.
Fonte: Olhar Digital
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