Um fóssil de tescelossauro descoberto em Dakota do Norte, EUA, pode ser de um animal morto no dia em que o Asteroide de Chicxulub atingiu a Terra, há cerca de 66 milhões de anos. O evento é amplamente conhecido como o impacto que matou 75% das espécies animais do nosso planeta – incluindo os dinossauros não alados.
Embora isso ainda esteja pendente de confirmação, os cientistas por trás da descoberta acreditam que fragmentos e partículas de vidro vulcânico cravados neste e em outros fósseis encontrados na expedição justificam a suspeita de que se tratam de animais que morreram no fatídico dia.
A região da Dakota do Norte é extremamente rica em fósseis de vários animais, em várias épocas do tempo. Apesar de estar bem longe da região imediata de impacto do asteroide, o volume de dano causado pelo choque é notoriamente aceito como algo bem amplo: o objeto espacial tinha algo entre 10 quilômetros (km) e 12 km de extensão. A cratera gerada tem quase 120 km de tamanho e 20 km de profundidade – uma das maiores estruturas de impacto natural da Terra.
“Temos tantos detalhes deste sítio paleontológico que nos dizem o que aconteceu minuto a minuto – é quase como se estivéssemos assistindo a um filme do que aconteceu”, disse
Robert DePalma, estudante de graduação da Universidade de Manchester, no Reino Unido, e líder da escavação em Tanis, o sítio de fósseis em questão.
O professor Phil Manning, orientador de DePalma, disse que a descoberta era “absolutamente incrível” e algo que ele “jamais havia sonhado” em sua carreira: “a resolução temporal que podemos atingir neste sítio vai além dos nossos maiores sonhos. Isso realmente nem deveria existir, mas é absolutamente, totalmente lindo”, ele comentou.
De acordo com diversos consultores externos, foram encontradas a perna do tescelossauro (no vídeo acima), fragmentos de pele de um triceratops (na imagem abaixo) e diversas escamas de peixes da época. Os especialistas afirmam que o tescelossauro morreu “mais ou menos instantaneamente”. Outros, contudo, se mostraram céticos em relação à descoberta e afirmaram que vão esperar um estudo revisado por pares para confirmar – ou negar – a linha do tempo do animal.
Apesar de uma confirmação definitiva ainda não ter sido feita, a BBC já filmou um documentário sobre as descobertas no sítio, que deve ir ao ar em 15 de abril. DePalma, que é parente do icônico cineasta Brian DePalma, é um dos apresentadores.
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Fonte: Olhar Digital
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