Em 2021 vimos a polêmica regra do limite de mudanças de técnicos no Brasileirão cair rapidamente em desuso por conta das demissões em “mútuo acordo”. A prática de troca de comando agora chega a um nível nunca antes visto em 2022. A primeira rodada sequer chegou ao fim e temos uma dupla queda inédita na estreia, com Alberto Valentim e Marquinhos Santos demitidos de Athletico Paranaense e América Mineiro, respectivamente.
Demissões na primeira rodada do Brasileirão são eventos raros. Considerando o modelo atual com 20 clubes, desde 2006, a primeira vez que isto aconteceu com um técnico efetivo foi em 2007. Na época, Ivo Wortmann deixou o Juventude após derrota para o Corinthians, motivado por “desavença” com o departamento de futebol.
Apenas em 2021 voltamos a ver um técnico demitido após a primeira rodada. Antes disso, alguns técnicos, como Aguirre, Autuori e Geninho, todos do Atlético Mineiro, não voltaram para a segunda rodada, mas foram demitidos por conta de eliminações na Libertadores ou na Copa do Brasil ao longo da semana, e não após a estreia no Brasileirão. O protagonista da demissão no ano passado foi justamente Alberto Valentim, também o primeiro demitido de 2022, mas por um motivo distinto: o treinador deixou o comando invicto após uma série de rumores pessoais que tornaram sua estada no Cuiabá difícil, embora o clube tenha justificado a demissão por “falta de padrão de jogo”.
Alberto Valentim deixou o Athletico Paranaense agora em uma situação mais amigável. O técnico comunicou que a decisão foi em “comum acordo” depois de ver o time goleado pelo São Paulo. Valentim foi campeão da Copa Sul-Americana com o Furacão e finalista da Copa do Brasil.
Marquinhos Santos caiu logo a seguir por conta da derrota do América para o Avaí. Assim como Valentim, Marquinhos teve bons momentos no Coelho, com a inédita classificação para a Libertadores, na fase preliminar, e com classificação para a fase de grupos na sequência. Mas a sequência de resultados negativos ditou a queda após a estreia no Brasileirão.
Pela primeira vez o Brasileirão moderno vê dois técnicos demitidos ainda na primeira rodada. Um presságio de que teremos mais um ano de “dança das cadeiras” entre os clubes da elite nacional?
Fonte: Ogol
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