Nesta terça-feira, o imponderável passeou pelo Santiago Bernabéu. Em duelo histórico, o Chelsea, que havia perdido o jogo de ida por 3 a 1, sentiu o gosto de um verdadeiro milagre ao abrir 3 a 0 no tempo regulamentar, mas o Real Madrid deu mais uma prova do seu gigantismo, igualou o agregado no fim e, com o brilho da dupla Vini Jr. e Benzema, foi buscar uma classificação espetacular na prorrogação: 3 a 2.
Com o resultado, o time merengue marca mais um belo capítulo da história da competição e segue vivo em busca da 14ª “orelhuda”. Nas semifinais, os espanhóis encaram o vencedor de Manchester City e Atlético de Madrid.
Imposição londrina
Com a obrigação e o peso de ter que tirar uma grande vantagem, o Chelsea agiu como se esperava no Santiago Bernabéu. Com uma postura agressiva, o time londrino tomou a iniciativa, ocupou o campo ofensivo e não deixou o Real jogar nos primeiros minutos.
Não à toa que, aos 15, o time de Thomas Tuchel abriu o placar em Madri. Após boa troca de passes pelo meio, Timo Werner desviou de joelho e viu a bola sobrar limpa para Mason Mount, que invadiu a área e bateu com força, no canto, sem chances de defesa para Courtois.
Implacáveis na marcação, os ingleses seguiram em alta voltagem, principalmente na marcação, neutralizando, até com certa facilidade, as tentativas da equipe merengue. Benzema, que só faltou fazer chover no primeiro jogo, pouco foi acionado nos primeiros 45 minutos.
O domínio do Chelsea, apesar de claro e evidente, não se traduziu em muitas oportunidades de gol. Porém, a vantagem mínima construída manteve a esperança por uma virada ainda mais viva.
Chelsea passeia, flerta com a vaga, mas Real não se entrega
Na volta do intervalo, o time inglês buscou o que lhe faltava: força ofensiva. Logo aos cinco minutos, após cobrança de escanteio pela direita, Rudiger subiu completamente livre na segunda trave e mandou para as redes, deixando tudo igual no placar agregado.
Em 50 minutos, o Chelsea fez o que parecia um milagre, se tornar muito possível. Do outro, juntando os cacos, os merengues não pareciam nutrir forças para escapar da armadilha criada pelos londrinos.
Kroos ainda tentou mudar o panorama em cobrança de falta, mas Mendy voou na bola para defender. Melhor no jogo, a equipe de Tuchel chegou a marcar o “gol da virada” com Marcos Alonso, mas o VAR flagrou um toque de mão do espanhol e anulou o lance para alívio dos madrilenhos.
Alívio que durou pouco. Passeando no Bernabéu, os Blues construíram para marcar o terceiro gol e chegaram lá. Aos 31, Timo Werner foi lançado pela esquerda, montou um verdadeiro carnaval na área merengue e tocou na saída de Courtois. Um golaço!
O Real Madrid parecia morto, mas não se pode duvidar de um dos maiores clubes da história do futebol. Aos 35, em um dos poucos momentos de lucidez da equipe no tempo regulamentar, Modric recebeu pela esquerda e, de três dedos, deu um passe genial para Rodrygo, que pegou de primeira e recolocou os espanhóis na partida, forçando uma inesperada prorrogação: 3 a 1.
Dupla infernal aparece e decide
Demorou, mas na prorrogação brilhou a estrela de uma das duplas de ataque mais brilhantes e eficientes do futebol na atualidade: Vinícius Júnior e Benzema!
Aos cinco minutos, após bola recuperada pela esquerda, Camavinga acionou Vini Jr., que disparou para a linha de fundo, levantou a cabeça e procurou seu par. Com um passe milimétrico e cheio de açúcar, o brasileiro encontrou Benzema, que, como de costume, foi frio na finalização e testou no contrapé de Mendy: 3 a 2.
Com o gol do francês, a vaga foi saindo de vez das mãos do Chelsea, que não se entregou. Na segunda metade do tempo extra, o time londrino foi para o tudo ou nada e iniciou uma grande pressão para cima dos mandantes.
Aos oito, Ziyech apareceu livre pela esquerda e soltou uma bomba, obrigando Courtois a fazer grande defesa. Pouco depois, Reece James cruzou da direita, Havertz subiu livre, mas cabeceou para fora. Incrível.
No fim, apesar de todos os esforços, o atual campeão da Champions viu o maior vencedor da história da competição avançar para a fase semifinal.
Fonte: Ogol
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