A compra de 35.320 comprimidos de Viagra feita pelo Ministério da Defesa para as forças armadas repercutiu na última segunda-feira (11) após o deputado federal, Elias Vaz, do PSB, pedir explicações sobre a aquisição do medicamento comumente utilizado para disfunção erétil. Em comunicado, o ministério diz que a aquisição é para o tratamento de Hipertensão Arterial Pulmonar, uma das indicações do composto aprovadas pela Anvisa.
No documento listado pela defesa, o medicamento aparece com o nome de “sildenafila“, nome genérico do Viagra, em doses de 25 mg e 50 mg. A maior parte, cerca de 28 mil comprimidos, foram destinados para a Marinha. O Exército ficou com 5 mil e a Aeronáutica, com apenas 2 mil.
Em nota, as forças armadas justificaram a compra afirmando que o medicamento é para tratar Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) e que foi escolhido devido ao seu baixo custo. “Os processos de compras das Forças Armadas são transparentes e obedecem aos princípios constitucionais”, completa o comunicado.
Viagra contra Hipertensão Arterial Pulmonar,
“HAP é uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar” e que trata-se de “uma doença grave e progressiva que pode levar à morte”, disse a Marinha.
“A associação de fármacos para a HAP vem sendo pesquisada desde a década de 90, estando ratificado, conforme as últimas diretrizes mundiais (2019), o uso da sildenafila, bem como da tadalafila, com resultados de melhora clínica e funcional do paciente”, completa a nota.
Desde 2021 o Viagra foi adotado pelo SUS para o tratamento da doença. Segundo a decisão do Conitec, o medicamento pode ser usado para pacientes que não responderam ao tratamento com ERA e/ou PDE5i, dentro do protocolo estabelecido de combate à HAP.
De acordo com o jornal O GLOBO, apenas o Viagra (sildenafila) de 20 mg possui indicação na bula contra HAP, sendo que as dosagens de 25 mg e 50 mg sem a indicação. Para tratamento da doença pulmonar, o remédio deve ser aplicado de oito em oito horas com um máximo de quatro comprimidos.
Fonte: Olhar Digital
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