A Nokia, uma das fabricantes mais tradicionais do setor de telecomunicações, deixou de atuar na Rússia. Até agora, centenas de empresas de vários setores do mercado cortaram relações com o país por conta das sanções econômicas impostas após a invasão na Ucrânia.
“Não vemos nenhuma possibilidade de continuar no país nas atuais circunstâncias”, comentou o presidente executivo da Nokia, Pekka Lundmark, em entrevista à Reuters.
Apesar da iniciativa, o executivo não confirmou quanto tempo levará para paralisar todas as operações da companhia no país. Os planos vão afetar cerca de 2 mil trabalhadores que atuam na Rússia.
A decisão, segundo a Nokia, não afetará o seu faturamento total previsto para 2022, ainda que represente um corte de pelo menos 100 milhões de euros nos caixas da empresa para o primeiro trimestre fiscal deste ano.
“Muito teria que mudar antes que seja possível considerar fazer negócios novamente no país”, finalizou o executivo.
Ericsson colocou funcionários em licença remunerada
A Ericsson, outro nome importante do mesmo segmento, também suspendeu suas operações em solo russo nesta segunda-feira (11).
Por ora, a companhia decidiu colocar seus cerca de 600 funcionários em regime de licença remunerada no país, confirmou um porta-voz da companhia.
Vale lembrar que a Ericsson já havia interrompido as entregas para clientes na Rússia desde fevereiro com o início do conflito. A rival Nokia, por sua vez, adotou a mesma estratégia em março.
Em 2021, a Rússia chegou a declarar que estenderia suas licenças de telecomunicações com uma condição: Ericsson e a Nokia deveriam construir suas redes usando apenas equipamentos russos. Resta saber como ficam os planos no longo prazo com a paralisação de ambas as empresas no país.
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Fonte: Olhar Digital
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