Conquista da cidade portuária faz parte da estratégica de Vladimir Putin, porque possibilita a formação de uma ponte terrestre entre a Crimeia e Donbass
O ministério da Defesa russo informou nesta quarta-feira, 13, que mais de mil soldados da Ucrânia se renderam na cidade de Mariupol. “1.026 militares ucranianos da 36ª brigada da Marinha entregaram as armas de maneira voluntária”, disseram por meio de um comunicado que também dizia que 150 estavam feridos e foram levados para um hospital. O governo ucraniano não confirma a informação. Entretanto, na segunda-feira, 11, o Exército da Ucrânia havia informado que eles se preparavam para a batalha final, pois a munição estava acabando. Na ocasião, por meio de uma publicação no Facebook, a tropa tinha informado que ‘é a morte para alguns de nós e cativeiro para os demais”.
A cidade de Mariupol é uma das mais devastadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia que acontece desde o dia 24 de fevereiro. “Estamos desaparecendo pouco a pouco”, dizia a nota que também traz um pedido para todos que “se lembrem (de nós) com uma palavra gentil”, disse. Quem está na cidade portuária vive há mais de um mês em situações desumanas, sem água, comida, eletricidade e munições para que possam defender a região. Na terça-feira, 12, as autoridades regionais do sudeste da Ucrânia afirmaram que pelo menos 20.000 pessoas morreram. A conquista dessa região faz parte da estratégica de Vladimir Putin, pois permite que ele faça uma ponte terrestre entre a península da Crimeia – anexada em 2014 – e Donbass, que conta com as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk.
Fonte: Jovem Pan News
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