Cristóvão Colombo pode ser reverenciado como o grande explorador heroico que “descobriu” o “Novo Mundo” ou execrado como o homem que desencadeou o processo de genocídio dos indígenas americanos, mas o fato é que não lhe pode ser negado um lugar de destaque na história.
Morto em 1506, vítima de uma parada cardíaca causada por artrite reativa, ele foi enterrado em Valladolid, município da Espanha situado a noroeste da Península Ibérica, mas a localização exata de seu túmulo era desconhecida até agora.
Três anos depois, seus restos mortais foram levados para o mausoléu da família, na cidade de Sevilha, no sul do país, e foram transferidos várias vezes ao longo dos séculos seguintes. Em 1544, foram transportados de Sevilha para Santo Domingo, que é a capital da República Dominicana. Em 1795, foram movidos para Havana, antes de serem enviados de volta através do Atlântico para Sevilha, em 1898.
Ao analisar amostras de DNA de lascas ósseas retiradas da tumba de Sevilha, uma equipe forense liderada pela Universidade de Granada confirmou, em 2005, que os restos mortais mantidos lá pertenciam a Colombo.
Pesquisadores descobriram, agora, que ele foi enterrado pela primeira vez no convento de São Francisco, em Valladolid, que não existe mais, segundo o Museu Naval da Espanha, que ajudou a coordenar o estudo.
Segundo um comunicado do museu, o local é atualmente uma zona comercial perto da espaçosa Plaza Mayor, uma ampla extensão pedestre cercada por edifícios arqueados pintados de vermelho. Essa conclusão segue “uma investigação histórica detalhada, confirmada por radares de penetração no solo”, acrescentou o comunicado.
Os pesquisadores coletaram amostras de elementos do túmulo de Sevilha – chumbo, tijolo, fios dourados – e descobriram que combinavam com a tumba escavada em Valladolid, cuja estrutura foi recriada em 3D por historiadores e arqueólogos.
A República Dominicana afirma que os restos mortais de Colombo estão enterrados em um farol ornamentado em Santo Domingo. As equipes por trás do estudo de DNA de 2005 disseram que, embora estejam convencidos de que os ossos em Sevilha são de Colombo, a tumba em Santo Domingo também pode conter parte de seus restos mortais.
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Fonte: Olhar Digital
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