Quem lembra daquelas propagandas na televisão que anunciavam um número para enviar SMS e comprar ringtones? É, tem que puxar um pouco da memória. Há alguns anos, não eram músicas que anunciavam uma ligação chegando ao celular, mas os toques monofônicos e polifônicos.
Atualmente, tem até quem prefira o telefone no silencioso, apenas vibrando. Mas, na metade dos anos 2000, o auge era ter uma versão de alguma música substituindo o famoso “trim trim”, primeiro em aparelhos com som monofônico, evoluindo depois para o polifônico.
Mas, o que eram toques monofônicos?
Mais antigos e mais simples, os toques monofônicos emitiam um som de cada vez. É como o próprio dicionário diz: consiste em uma só voz. Básico e claro, ringtones desse tipo soam como um único instrumento ou batida de cada vez e sugiram após a criação textual das notas musicais.
Lançado em 2002, os fabricantes começaram a incluir os toques monofônicos como mais uma funcionalidade dos celulares. Eram opções das mais diversas para escolher ao configurar o telefone ao gosto do usuário.
E os polifônicos?
Os toques polifônicos chegaram depois. Eles ofereciam sons melhores, com variação de tons (provocando também a rivalidade entre adolescentes de “o meu celular tem toque polifônico, e o teu?”), sendo um diferencial de um aparelho para o outro.
Sendo mais melódico e rítmico, era mais fácil incorporar músicas populares no celular, que podiam facilmente ser identificada por quem ouvia. Eles duravam alguns segundos, podendo ser personalizados até para o despertador do telefone.
Assim, a principal diferença entre os toques monofônicos e polifônicos é o suporte do mais novo a vários sons ao mesmo tempo, podendo simular instrumentos reais usados na música original. Mas, ainda estava um pouco distante dos sons reais usados atualmente nos aparelhos, suportando até vozes.
Como incorporar uma música ao ringtone
Uma possibilidade nos aparelhos com esses tipos de ringtones era adicionar as versões das músicas. No Nokia 3310, por exemplo, havia um espaço para compor as próprias canções. Assim, as operadores vendiam os toques adicionados aos aparelhos.
Mas, como era uma época já de bastante acesso à internet (se não em casa, em lan houses), dava também para buscar na internet sites com as “notas musicais” de cada modelo de celular, copiadas em seguida. Era bastante comum, ainda, que os jovens trocassem essas informações, passando a música de um para o outro.
Essa “mafia” entre adolescentes continuou mesmo depois da adoção dos celulares que reproduziam mp3 e ofereciam a possibilidade de tocar a música de verdade. A troca acontecia pelo infravermelho, tecnologia anterior ao bluetooth. Mas isso já é conversa para outro dia.
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Fonte: Olhar Digital
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