Nesta sexta-feira (15), a NASA divulgou um impressionante registro feito pelo Telescópio Spitzer de um berçário estelar em forma de borboleta. O observatório foi aposentado em 2020, e a função de captação de imagens em luz infravermelha do universo agora fica, principalmente, a cargo do Telescópio Espacial James Webb (JWST).
Também conhecida como Westerhout 40 (W40), a Nebulosa Borboleta foi capturada pelo Spitzer em 2014, como parte do MYStIX (sigla em inglês para “Estudo Maciço de Aglomerados Estelares Jovens em Infravermelho e de Raios-X). W40 está localizada a cerca de 1,4 mil anos-luz do Sol – aproximadamente a mesma distância da Nebulosa de Órion, mas na direção oposta no céu.
“As duas ‘asas’ da borboleta são bolhas gigantes de gás quente e interestelar que sopram das estrelas mais quentes e massivas desta região”, disseram autoridades da NASA em um comunicado.
Estrelas até 10 vezes a massa do Sol estão se desenvolvendo dentro da nebulosa, mas com o nascimento dessas estrelas vem a morte de outras formações. “Além de ser bonito, o W40 exemplifica como a formação de estrelas resulta na destruição das próprias nuvens que ajudaram a criá-las”, diz o comunicado.
Dentro das nuvens de uma nebulosa, gás e poeira são puxados pela gravidade para formar aglomerados densos que podem se tornar estrelas se atingirem uma densidade crítica. Eventualmente, essas estrelas explodirão no final de suas vidas, e provavelmente ejetarão nuvens semelhantes de gás e poeira como visto em W40. Então, o ciclo começa novamente, com novas estrelas nascendo do material.
Lançado em 2003, o Telescópio Espacial Spitzer foi o principal observatório infravermelho da NASA por 16 anos, até ser desativado, em 2020, em parte na expectativa do lançamento do Telescópio Espacial James Webb.
Quando Webb se tornar operacional, ele será ainda mais poderoso do que Spitzer, e provavelmente irá capturar imagens de locais astronômicos como a Nebulosa Borboleta em mais detalhes.
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Fonte: Olhar Digital
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